Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destaca importância das obras para garantir segurança energética e escoar energia solar gerada no Norte e Nordeste do Estado
Minas Gerais irá receber cerca de R$ 3,5 bilhões em investimentos na construção de novas linhas de transmissão até 2030. Nesta quinta-feira (28/3), foi realizado o primeiro leilão de transmissão da ANEEL de 2024, na B3, em São Paulo. Estão previstas a construção de 1.096 quilômetros de novas linhas e uma subestação, que devem gerar cerca de 7 mil empregos durante as obras dos empreendimentos.
O certame foi o terceiro desde 2023, completando o cronograma visando grandes obras de infraestrutura e interligações, principalmente nas regiões norte e nordeste mineira e do Brasil. Os investimentos neste novo leilão se somam aos outros R$ 9 bilhões anunciados no primeiro leilão em Minas Gerais, em junho do ano passado, totalizando R$ 12,5 bilhões em investimentos somente no Estado.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância dos investimentos para a geração de empregos no Estado e para o fortalecimento do Sistema Interligado Nacional (SIN).
“Estamos trabalhando para transformar o setor de energia elétrica em desenvolvimento econômico e social, garantindo mais segurança energética e oportunidades para a nossa população. Estamos fortalecendo o nosso sistema para escoarmos toda a energia renovável gerada em nosso país, principalmente no Norte e Nordeste mineiro, onde o sol que tanto castigou a nossa gente vem se tornando um indutor do desenvolvimento. As obras vão levar emprego, renda e mais esperança para os mineiros”, afirmou Alexandre Silveira.
Segundo o planejamento das obras, estão previstas a construção de novas linhas de transmissão entre São João do Paraíso e Padre Paraíso; Padre Paraíso à Mutum; Jussiape (BA) à São João do Paraíso; São João do Paraíso à Capelinha; e Capelinha à Itabira; além de uma subestação em São João do Paraíso, beneficiando ainda os municípios da região com mais segurança energética e geração de emprego e renda. As obras deverão entrar em operação no período 2027/2030.
Investimentos
No total, o terceiro leilão garantiu R$ 18,5 bilhões em investimentos na construção de 6,4 mil quilômetros de novas linhas de transmissão, passando por 14 estados brasileiros. A estimativa do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é de que sejam criados quase 35 mil empregos diretos na construção dos 65 empreendimentos licitados.
As instalações vão passar por Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, com prazos de construção entre 36 e 72 meses.
As obras estão previstas no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e foram recomendadas pelos estudos sobre aproveitamento do potencial energético da região Nordeste em especial. Elaborados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os documentos sugerem a ampliação em cerca de 16 mil km de novas linhas de transmissão (expansão de aproximadamente 8,8% da extensão total da rede básica de transmissão brasileira) e 13 novas subestações. Com a conclusão do terceiro leilão, realizado nesta quinta-feira (28/3), terão sido contratados R$ 56 bilhões de novos investimentos na expansão da transmissão de energia pelo Brasil.
As expansões no sistema de transmissão recomendadas nos estudos da EPE ampliarão a capacidade instalada de fontes renováveis, nas regiões Norte e Nordeste, para cerca de 48 GW até 2030, valor alinhado com os montantes máximos de geração previstos no Cenário de Referência do Plano Decenal de Energia 2031. Considerando até 2030, o incremento na capacidade instalada é de cerca de 14 GW em geração renovável.
Confira o vídeo do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira:
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