Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) interromperam as obras da linha 2 do metrô de Belo Horizonte, na região da avenida Amazonas, nesta segunda-feira (17). A ação, que reuniu cerca de 30 pessoas, durou oito horas e teve como objetivo pressionar por diálogo com o governo de Minas Gerais e a Metrô BH, empresa responsável pela expansão do sistema.
Os manifestantes dos bairros Vista Alegre, Gameleira, Nova Gameleira e Betânia, criticam remoções realizadas sem acordo prévio e cobram reassentamento para mais de 400 famílias, além de indenizações adequadas e transparência nas negociações.
“Há mais de 2 anos, mais de 500 famílias convivem com o descaso e a desinformação do governo do estado e da metrôBH, concessionária do metrô. Desinformação, indenizações irrisórias e intimidação têm feito parte da rotina da empresa“, disse o MTST nas redes sociais.
O que dizem as autoridades sobre o protesto nas obras do Metrô BH?
O governo estadual informou, por meio da Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), que monitora o processo de desapropriações, responsabilidade da Metrô BH conforme contrato. A pasta afirmou que a concessionária já mapeou a área, identificou melhorias nas propriedades e iniciou conversas com os moradores, garantindo que as indenizações sigam critérios legais.
A Metrô BH declarou que acionou a Polícia Militar para intervir no que classificou como invasão do canteiro de obras, alegando preocupação com a segurança. A empresa reforçou que mantém canais abertos para diálogo individual com os moradores.
Uma reunião entre representantes do movimento, o secretário de Infraestrutura, Pedro Bruno de Barros e Souza, o CEO da Metrô BH, Cláudio Andrade, e o Ministério Público está marcada para quarta-feira (19). O objetivo é discutir as demandas das famílias afetadas pelas obras.
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