2025 começará com cerimônias de posse de prefeitos e vereadores em mais de 5,5 mil municípios brasileiros, incluindo todos os municípios da região metropolitana de BH. A Constituição Federal determina que prefeitos e vices eleitos ou reeleitos tomem posse no dia 1º de janeiro, enquanto as cerimônias de posse dos vereadores e as eleições internas das câmaras são definidas pelas leis orgânicas de cada município. No entanto, nem todos os prefeitos eleitos poderão assumir seus cargos nesta quarta-feira.
Em 19 municípios, os candidatos eleitos não poderão tomar posse porque suas candidaturas estão anuladas ou sob análise judicial. Esses casos envolvem descumprimento de regras da Justiça Eleitoral, o que levou ao indeferimento de seus registros. Apesar disso, esses candidatos participaram das eleições porque suas situações ainda aguardam julgamento em última instância.
Entre as cidades mineiras que não terão prefeitos empossados neste 1º de janeiro estão Bonito de Minas, Guapé e São José da Varginha. Nessas localidades, o cenário político seguirá indefinido até que as questões judiciais sejam resolvidas.
Posse virtual de Fuad Noman em BH
O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman, tomará posse virtualmente nesta quarta-feira (1º), conforme recomendação médica. Em nota, a Prefeitura informou que o médico pessoal do prefeito, Dr. Enaldo de Melo Lima, aconselhou a medida devido ao estado de imunidade baixa de Fuad, resultado do tratamento recente contra um câncer. A recomendação visa evitar exposições a grandes concentrações de pessoas, reduzindo o risco de infecções.
O Hospital Mater Dei esclareceu que, embora o prefeito esteja em remissão completa da doença, ele segue recebendo tratamento de manutenção com anticorpo monoclonal em intervalos de 60 dias, o que compromete seu sistema imunológico. Segundo a unidade, essa condição impede a participação do prefeito em eventos de grande público.
Fuad Noman revelou publicamente o diagnóstico de câncer em julho, durante sua campanha à reeleição. Apesar da doença, decidiu seguir com a candidatura e anunciou em outubro, antes do segundo turno, que o câncer havia entrado em remissão e que não precisaria mais de quimioterapia.
No entanto, o prefeito enfrentou pelo menos três internações recentes, incluindo um episódio em novembro, após sentir fortes dores nas pernas. Os exames indicaram uma neuropatia periférica secundária, uma complicação associada ao câncer. Devido a essa condição, Fuad também não compareceu à cerimônia de diplomação no Tribunal Regional Eleitoral no dia 19 de dezembro. Na ocasião, o procurador-geral do município, Hércules Guerra, o representou e recebeu o documento oficial que confirma sua reeleição.