O deputado federal Rogério Correia (PT), hoje apontado como pré-candidato às eleições de 2024, em BH, disse que há negociações para uma possível “frente ampla”. A chapa organizaria os principais partidos de esquerda do país como PCdoB e PV, integrantes da federação, o PSB (do vice-presidente Geraldo Alckmin), e o PSOL.
A ideia do parlamentar é utilizar a estratégia semelhante para a cidade de São Paulo, onde o colega Guilherme Boulos terá o apoio do PT para formar uma chapa de esquerda ainda no primeiro turno, sem a divisão de votos. “Há um esforço coletivo para as alianças. Nossa federação está unida. Mas avançamos numa discussão com a federação do PSOL-Rede, nesse aspecto. O PT já apoia a candidatura do Boulos em São Paulo. É uma decisão nacional que em BH haverá candidato próprio, e, no Rio, estamos com uma aliança mais ampla, com Eduardo Paes, para derrotar o bolsonarismo”, comentou Rogério em entrevista ao jornal O Tempo.
O principal objetivo é fortalecer os movimentos de esquerda contra um nome da direita. Até o momento, o pré-candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro seria Bruno Engler, que esteve no pleito em 2020 e ficou em segundo lugar. Porém, há uma corrente dentro do PL que apoia a candidatura do deputado federal Nikolas Ferreira por ser um nome mais forte em relação ao anterior.
Pré-candidata do PSOL em BH rebate “proposta”
Apesar de admitir a hipótese de uma aliança com os petistas e outras legendas, a deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL), também se lançou como pré-candidata à PBH em 2024. Ela disse que a decisão de quem será a cabeça de chapa em BH é algo particular e não algo relacionado à São Paulo e outras cidades.
“Este projeto passa por uma análise sobre Belo Horizonte, não sobre outras capitais e acordos de outros tipos. Até porque o PSOL de Minas não tem e não assumiu nenhum tipo de compromisso que nos atrela aqui a este tipo de acordo”, afirmou Bella.
Desde 2003, com a criação do partido por dissidentes do PT, os dois grupos raramente estiveram juntos em uma eleição, tampouco no cenário municipal.
Em BH, por exemplo, isso nunca aconteceu. A eleição presidencial de 2022 foi a primeira em que o PSOL não lançou uma candidatura própria. Na ocasião, a legenda apoiou Lula, que foi eleito.