Os trabalhadores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação, que iniciou na quarta-feira (22), é uma resposta à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 24/2023, que tramita na Assembleia Legislativa e elimina a exigência de referendo popular para a venda da estatal.
A decisão foi tomada após audiência pública que discutiu os projetos de privatização do governador Romeu Zema. De acordo com o Sindágua-MG, sindicato que representa a categoria, o movimento visa pressionar os deputados e ampliar o debate sobre o futuro da empresa.
“O que está em jogo é o direito do povo mineiro de decidir sobre o destino da Copasa. A privatização não é uma pauta apenas dos trabalhadores, mas de toda a população“, afirmou Eduardo Pereira, presidente do sindicato.
Inicialmente prevista para três dias, a greve foi estendida devido à expectativa de que a votação da PEC se prolongue. Funcionários mantêm vigília permanente na Assembleia Legislativa para acompanhar as discussões.
Apesar da paralisação, a Copasa garante que serviços essenciais como abastecimento de água e tratamento de esgoto serão mantidos.
Nesta quinta-feira (23), a mesa diretora da Assembleia acatou uma questão de ordem da oposição e adiou a votação em primeiro turno da PEC para às 18h.
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