O uso de inteligência artificial está cada vez mais comum entre os usuários nas redes sociais. Já pensando na possibilidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá regulamentar a presença desta tecnologia nas eleições municipais deste ano. O texto da nova resolução será debatido em audiências públicas ainda em janeiro.
De acordo com a proposta, o cidadão deve ser informado sobre o uso da tecnologia em propagadas eleitorais. Nesses conteúdos, o uso de informações sabidamente falsas ou gravemente descontextualizadas é proibido. Também é proibida a criação de perfis apenas para direcionar conteúdos eleitorais. O descumprimento das regras pode acarretar em prisão de até dois anos ou multa.
Inteligência Artificial e as “deepfakes”
O principal recurso utilizado para a propagação de notícias falsas são as “deepfakes”. Os conteúdos consistem em manipular áudios e vídeos de candidatos utilizando as suas vozes e suas imagens, de forma quase realística.
Em 2022, um vídeo falso do Jornal Nacional utiliza uma montagem usando a voz do apresentador William Bonner, onde indicava que Bolsonaro estava a frente de Lula nas pesquisas. Já em 2023, muitos vídeos na internet utilizam o recurso de áudio para inteligência artificial. Criminosos usam vozes de apresentadores famosos para promoverem golpes.