A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes em empréstimos consignados do INSS aprovou nesta quinta-feira (4) a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para prestar depoimento. A decisão, tomada em votação simbólica, obriga o chefe do executivo mineiro a comparecer perante os parlamentares, em data ainda a ser marcada.
O requerimento aprovado, de autoria do deputado Rogério Correia (PT), argumenta que a presença de Zema é necessária porque empresas de seu grupo familiar são citadas nas investigações sobre irregularidades na concessão de empréstimos a aposentados e pensionistas. O foco da CPI são operações que teriam causado prejuízos superiores a R$ 6 bilhões aos beneficiários, conforme apurado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União na Operação Sem Desconto.
Durante a discussão, aliados do governador tentaram mudar o status de “convocação” para “convite”, o que daria a Zema a opção de não comparecer, mas o pedido não foi aceito. A comissão também rejeitou um segundo requerimento que pedia a quebra de sigilos bancário e fiscal da Zema Crédito, Financiamento e Investimento S/A, empresa do grupo familiar que atua no mercado de crédito consignado.
A empresa, que opera de forma digital e foi uma das autorizadas a oferecer empréstimos com desconto direto no Auxílio Brasil, é mencionada em auditoria da CGU que apontou falhas e suspeitas de uso eleitoral do benefício social.








