O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse nesta quarta-feira (27) que pretende criar um “mecanismo de desmame” para o programa social Bolsa Família. Pré-candidato a presidente da República para as Eleições 2026 pelo partido Novo, ele afirma que milhões de pessoas recebem o benefício mesmo com carteira assinada.
“O povo brasileiro busca dignidade. Precisamos desenvolver uma estratégia de desmame para o Bolsa Família, algo como: ‘você trabalhará e continuará recebendo o Bolsa Família até se sentir seguro em sua profissão e não precisar mais do benefício’. Precisamos explorar essa abordagem”, disse.
Essa não é a primeira vez em que o governador critica o benefício social criado por Lula em 2003 após unificação de outros auxílios como o ‘bolsa-escola’, ‘auxílio-gás’ e ‘bolsa-alimentação’. Em entrevista a BBC, ele atribui o desemprego ao Bolsa Família, alegando que há pessoas que preferem receber do governo do que trabalhar.
“Então, acho que nós temos de criar incentivos para que quem está no Bolsa Família trabalhe. Que esse desmame seja longo, porque o que está acontecendo aqui no Brasil é que não existe mais desmame e tem gente que está recebendo o Bolsa Família há 20, há 25 anos, desde o início do programa. Então ele tem mostrado que é um programa que não resolve efetivamente. E eu chego lá na rua, no interior de Minas Gerais, converso com o produtor rural, converso com o comerciante, e eles me falam: ‘Tem um punhado de gente aqui na minha cidade que recebe o Bolsa Família, vem aqui, quer trabalhar, mas não quer emprego formal, que emprego informal, sem registro.”, disse.
Zema diz que Lula é responsável por ‘tarifaço’
Ainda na mesma entrevista, Zema reforçou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é responsável pelo aumento das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Em evento no dia 31 de julho na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Zema diz que Lula adotou uma postura internacional ‘anti-ocidente’ e que a resposta dos EUA é natural e que não é apenas econômica, mas também política.
“O presidente Lula iniciou esse problema. Desde o início de seu governo, ele tem criticado constantemente os Estados Unidos e o presidente Trump. No passado, não tínhamos líderes que se dedicavam a questionar o dólar, e Lula, infelizmente, adotou essa postura”, afirmou Zema em entrevista ao site Metrópoles.
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