O pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do cantor Gusttavo Lima com o intuito de evitar a prisão do artista foi negado pela Justiça.
A decisão foi proferida no início da tarde desta terça-feira (24) pelo desembargador Ricardo Paes Barreto, da 4ª Câmara Criminal do Recife.
O magistrado negou o pedido da revogação da prisão preventiva, por não se tratar de um caso de extrema urgência. O pedido havia sido feito pela defesa durante o plantão judiciário.
“Na hipótese dos autos, o impetrante não se desincumbiu de demonstrar a impossibilidade objetiva de protocolamento do presente Habeas Corpus no horário normal do expediente”, argumentou o desembargador.
Por que Gusttavo Lima é procurado?
Gusttavo Lima é investigado pela Polícia Civil de Pernambuco (PC-PE) no âmbito da Operação Integration, que examina um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresas de apostas ilegais. A investigação aponta movimentações financeiras semelhantes entre os dois, que estão ligados a uma empresa comum, a HSF Entretenimento.
A HSF Entretenimento, de Darwin Henrique da Silva Filho, teria transferido R$ 8 milhões para a empresa Balada Eventos de Produções LTDA, de Gusttavo Lima, valor supostamente destinado à compra de um avião Cessna 560 XLS. Já Deolane Bezerra, por meio da Bezerra Publicidade, controlada majoritariamente por ela, teria adquirido uma Lamborghini de R$ 4 milhões da mesma HSF Entretenimento. Além disso, Deolane registrou transações com a Esportes da Sorte, outra empresa ligada a Darwin Filho.
Cantor está fora do Brasil
De acordo com o jornalista Leo Dias, Gusttavo Lima viajou para Miami, nos Estados Unidos, após estar presente no Rock in Rio. Não há confirmação sobre se ele viajou em seu jato particular. Embora a Interpol tenha sido notificada sobre o mandado de prisão, o cantor não foi incluído na lista de difusão vermelha da organização, o que significa que agentes estrangeiros não estão autorizados a prendê-lo.
A Polícia Federal informou que o nome do artista foi incluído no sistema de pessoas procuradas nos aeroportos brasileiros. Dessa forma, caso ele retorne ao Brasil, será preso. A decisão faz parte de uma investigação sobre suposta ligação com um esquema de lavagem de dinheiro.
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