Por Oliveira Lima
O que era para ser um jogo sob controle e tranquilo, embora fosse inicio de decisão de vaga às finais do Mineiro, se tornou um drama para o Cruzeiro. Com o Ipatingão lotado de cruzeirense, time de Larcamón dominou o jogo até a primeira meia hora de jogo, com o gol podendo sair à qualquer momento. Cruzeiro já entrou em campo contra o Tombense em vantagem de dois empates ou vitória e derrota no mesmo saldo de gols pra chegar às finais.
Mas a história vai mudar com o destempero do zagueiro Zé Ivaldo. Primeiro toma um cartão amarelo pela regra: a bola bate na mão dele, de costa para o lance. Pendurado, Zé Ivaldo vai chegar de forma violenta numa disputa no meio-campo, sendo expulso pela intervenção do VAR. Isto acontece aos 33 minutos do 1º tempo. O Cruzeiro então se viu acuado pelo adversário, que teria mais de 1 hora para ganhar o jogo, com um jogador a mais.
Hoje no futebol, time com um a menos, dificilmente ganha, pela intensidade física aplicada em campo. No tempo real, o Cruzeiro jogou com 10, durante 1 hora e 15 minutos, ou seja 2/3 da partida. Não pode fazer nada em termos ofensivos. Tomando pressão, mas dominando a maioria das ações do Tombense, Cruzeiro se viu mais tarde no segundo tempo em apuros: aos 42 do segundo tempo mais um expulso. Marlon, totalmente descontrolado, toma 2º amarelo após ofender o auxiliar de arbitragem, Felipe Alan Costa. Com o tempo de acréscimo esticado, o Cruzeiro jogou com 9 atletas durante 12 minutos finais. Segurou a onda no sufoco.
Time agora se refaz para o jogo da volta, final desta semana em casa, no Mineirão. Manteve a vantagem do regulamento podendo jogar por mais um empate e ir às finais contra o Galo ou o Coelho. Sem Zé Ivaldo e Marlon, Larcamón lança mão de Néris e Villalba, num esquema com 3 zagueiros, pois o lateral reserva Kaike ainda esta na fase de transição após lesão sofrida no pré-olímpico da Venezuela. Ainda segue a máxima: Se não tomar gol nesses três jogos restantes o Cruzeiro fica o título mineiro, evitando o terceiro penta do Galo, caso esse passe pelo América. Sentiria o gosto do caneco depois de 4 ano, coroando o início de trabalho que visa sofrer menos no Brasileiro e sonhar com a Copa Sul-Americana.