Por Oliveira Lima
Neste domingo mais uma página será escrita na longa história do futebol mineiro. Em campo as duas principais equipes do Estado desde o início da década de 30, quando o Cruzeiro conquistou seu primeiro Tri (28/29/30) e o Galo desbancou o América, que fora Deca-Campeão de 1916 a 1925. São 96 anos de rivalidade, onde o Atlético leva a melhor com 48 título, 10 a mais que o Cruzeiro. Vale lembrar que o Galo é 13 anos mais velho que a Raposa.
Em campo a confirmação mais uma vez da hegemonia do Atlético que poderá ser pentacampeão, algo que aconteceu apenas duas vezes na sua história. Primeiro penta de 1951 a 1955, e quando foi hexa nos anos 80, conquistou o penta em 1982. É inédito, pois o Cruzeiro foi penta de 1965 a 1969 e o América, quando foi Deca, atingiu o penta em 1920.
Houve um equilíbrio até 4 anos atrás, quando o Cruzeiro, antes da bomba que quase implodiu o clube, fora bicampeão mineiro em 2018 e 2019, e ainda bicampeão da Copa do Brasil de 2017 e 2018. A crise institucional e financeira do Cruzeiro o fez quase desaparecer em 2021. Ano anterior ,2020, ainda sobreviveu com o dinheiro que sobrara de 2019. Salvo pela SAF, comprada por Ronaldo Fenômeno, iniciou sua reconstrução a partir de 2022, quando voltou à Série A Brasileira, sendo campeão brasileiro da Série B. Permaneceu na elite ano passado e ainda ganhou vaga à Copa Sul-americana. Neste ano, está na final do Mineiro, e com vantagem do empate.
Já no Galo o pensamento é bem maior que ganhar o Mineiro, embora represente um Pentacampeonato. É que o desejo do clube é ganhar a Copa Libertadores, após 11 anos e claro buscar mais um Brasileiro, que ganhou o último em 2021. É um dos favoritos a ganhar tudo nesta temporada, claro que o Mineiro é quase uma obrigação. No final das contas é assim: vale o Mineiro a hegemonia atleticana, conquistando mais um penta ou a reabilitação cruzeirense, na sua volta à vida esportiva.