Uma bebê “gigante” nasceu com 4,5 kg na Maternidade Odete Valadares, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em BH. Ketllin Sofia Araújo de Jesus, como foi chamada, veio ao mundo no último dia 4 de abril, às 11h58. A criança nasceu com 39 semanas e 4 dias. A recém-nascida e a mãe Isabel Madalena de Jesus passam bem.
“Ela foi considerada um bebê gigante. Fui transferida com urgência de uma unidade em Ouro Preto para fazer a cesariana aqui em Belo Horizonte, por conta do risco. Por eu ser diabética, a criança tem tendência de nascer maior”, contou Isabel, já com sua quinta filha nos braços.
De acordo com a obstetra da MOV de BH, Ana Cláudia Capanema Braga, isso acontece porque alguns hormônios placentários podem provocar alterações no metabolismo da mãe e, com isso, aumentar a quantidade de glicose no organismo. “Esse aumento da glicemia materna passa pela placenta para o feto em desenvolvimento, o que causa alterações em seu metabolismo e a principal consequência é o crescimento fetal excessivo”, explica a médica.
Mãe de “bebê gigante” de BH é diabética
Isabel relata que tornou-se diabética há três anos, na gestação anterior. “O meu outro bebê também nasceu grande, só que com 4kg. A Ketllin nasceu ainda maior. Agora estamos bem. A sensação é de alívio”, afirmou.
Assim que diagnosticado, o diabetes gestacional deve ser tratado e monitorado para que não ocorram complicações, que podem levar, inclusive, ao óbito fetal. “A orientação é uma mudança no estilo de vida da mãe: uma dieta equilibrada, específica para a gestante, e atividade física. Com essas duas medidas, a maioria das grávidas com diabetes já consegue controlar os índices de glicemia e evitar repercussões negativas no feto”, observa Ana Cláudia.
A gestante também pode fazer o controle em casa, aferindo a glicemia de 3 a 5 vezes por dia, a depender de cada caso. “A cada consulta de pré-natal, a paciente deve levar as aferições domiciliares e o médico pode avaliar melhor se a dieta e a atividade física estão sendo suficientes ou se é necessário o uso de medicamento”, esclarece a obstetra.
Mãe e bebê se recuperam bem e o desejo é apenas um: “voltar para casa o mais rápido possível”, disse Isabel.
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