A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou nesta terça-feira (23/4), a operação Tribunal do Crime, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. A ação resultou na prisão de cinco pessoas de uma célula da organização criminosa que atuava no bairro Borboleta, em Juiz de Fora, e no cumprimento de 15 mandados de busca e prisão de membros da organização criminosa. Foram aprendidas drogas como cocaina, crack, maconha, material para dolagem, aproximadamente 3500 reais e cerca de 100 chips de celulares que possivelmente seriam jogados no presídio.
As ações foram concentradas no desmantelamento completo das operações criminosas da célula, incluindo a captura dos que comandavam um suposto ‘Tribunal do Crime’ a partir do sistema prisional.
Investigação
Os trabalhos investigativos iniciaram em fevereiro deste ano, com a prisão de dois homens suspeitos de sequestrar uma mulher como parte de uma tentativa de cobrança de dívida relacionada ao tráfico de drogas. As prisões iniciais abriram caminho para uma série de investigações que revelaram a existência de uma estrutura organizada de comando e controle, com ligações diretas com lideranças do crime organizado no Rio de Janeiro. Com a operação desta terça-feira, somam nove pessoas presas.
Crueldade e Coação
Ao longo das investigações, descobriu-se que o grupo utilizava métodos extremamente cruéis de punição através do chamado ‘Tribunal do Crime’, onde as sentenças eram determinadas por criminosos de dentro do sistema prisional e executadas externamente. As vítimas, submetidas a torturas e espancamentos, eram coagidas a não procurar a polícia, sob ameaças constantes.
Colaboração da Comunidade
O delegado Márcio Rocha, que coordenou a ação, destaca a importância da população no enfrentamento da criminalidade. ?A Polícia Civil agradece e encoraja a colaboração contínua da população na denúncia de atividades criminosas A parceria entre a comunidade e a polícia é vital para a manutenção da segurança pública e o sucesso no combate ao crime organizado?.
As informações e denúncias podem ser fornecidas anonimamente pelo telefone 181.
A ação foi coordenada pela Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado com apoio do Departamento Estadual de Operações Especiais (DEOESP). Foram empenhados cerca de 50 policiais civis, e 20 viaturas, drones e apoio da Coordenação Aerotática (CAT).