O jovem de 18 anos suspeito de envolvimento na morte do motorista de aplicativo Alessandro de Araújo, de 52 anos, em São José da Lapa, região metropolitana de Belo Horizonte, foi liberado pela Justiça na terça-feira (31), apenas 24 horas após ser detido pela Polícia Civil. O motorista foi assassinado no último sábado (28), e seu veículo, adquirido apenas dois dias antes, foi roubado pelos criminosos.
O alvará de soltura foi emitido pelo juiz Cristiano Araújo Simões Nunes, da Comarca de Vespasiano, e, segundo informações do Estado, ainda não foi cumprido. O magistrado alegou que, ao ser preso, Anderson Lucas Martins da Silva negou qualquer envolvimento no latrocínio, embora sua versão tenha sido “desacreditada” pelas autoridades militares.
Cristiano Araújo afirmou que nada de ilícito foi encontrado com o suspeito, que é réu primário. O juiz justificou sua decisão de libertar Anderson, argumentando que não existem provas substanciais contra o jovem e que houve um “lapso temporal” entre o crime e a prisão do suspeito, acrescentando que “não há prisão em flagrante baseada em investigações preliminares. A polícia fez uma verdadeira confusão nesse procedimento, misturando delitos que não têm qualquer conexão e efetuando uma prisão sem qualquer fundamento legal.”
Embora tenha sido beneficiado com o alvará de soltura, Anderson está sujeito a restrições. Ele está proibido de deixar a região metropolitana de Belo Horizonte por mais de 10 dias sem autorização judicial e é obrigado a manter seu endereço atualizado, além de comparecer mensalmente ao fórum para informar suas atividades.
Os outros quatro suspeitos de envolvimento no crime, que foram presos na segunda-feira (30) em Curvelo, na região Central de Minas Gerais, permanecem detidos e terão sua prisão avaliada pela Vara Criminal da Comarca de Curvelo.