O mundo do futebol é fantástico. Hoje ganha, amanhã perde. E quem não entender isto, fica louco. Mas conta a história de vitórias de imensa alegria e derrotas de dores sem tamanho. Assim tem sido os dois anos de Cruzeiro sob o comando do seu dono, Ronaldo Fenômeno. Ele compra o Cruzeiro no final de 2021, muda tudo dentro e fora de campo. Salva o clube de fechar as portas e com o apoio total da torcida, faz um trabalho e inesquecível. Acerta em todas as contratações dos jogadores e comissão técnica. Volta à Série A com os pés nas costas, inclusive bate Campeão da B.
Chegou 2023, Primeira Divisão novamente. Ronaldo contém a euforia da torcida dizendo que o processo de reestruturar o Clube não permite sonha com algo maior em 2023 de não ser rebaixado novamente e talvez uma vaga à Copa Sul-Americana. Mas aí começa tudo errado, que culmina com uma possível volta à série B. Primeiro mantém o técnico Pezzolano no cargo, mesmo este querendo ir embora para a Europa. Ronaldo perdeu muito tempo. Por um golpe de competência e/ou sorte achou outro técnico fantástico, o português Pepa. O cara pega um time bem comum, começa muito bem o Brasileirão, mas mesmo jogando bem, não vieram os resultados, que poderiam voltar a qualquer momento. Foi erroneamente demitido. Ronaldo fez aí uma grande besteira.
Veio o momento atual; num país com grande inexistência de treinadores, achar um novo comandante de primeira linha é difícil, afinal não é todo dia que se acha um Pezzolano e um Pepa. Caiu na mesmice: trazer quem já estava por aqui. Com elenco apenas mediano, uma torcida organizada e violenta, uma pressão enorme dos seus 9 milhões de torcedores e um técnico Zé Ricardo que não teve tempo e sem força de reação, Cruzeiro entra num momento crucial e perigoso. O rebaixamento está à sua porta. Ainda tem muita chance de escapar, pois dos que estão lá embaixo é o que mais depende só dele. Mas hoje o grande adversário do Cruzeiro é ele mesmo.
Este ano Ronaldo planejou errado, não investindo melhor na qualificação do elenco e fez bobagem em acreditar em um fato novo chamado “troca de treinador”que é coisa dos cartolas antigos, antes da SAF
Por Oliveira Lima