Um homem de 59 anos, natural de Santa Catarina, morreu na Praça dos Três Poderes, em Brasília, após uma série de explosões ocorridas na noite desta quarta-feira (13). Identificado como Francisco Wanderley Luiz, ele estava no Distrito Federal havia cerca de quatro meses, segundo informações preliminares.
Francisco Wanderley Luiz era o proprietário do veículo encontrado no Anexo IV da Câmara dos Deputados após as explosões. Em coletiva de imprensa, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, confirmou que o homem morto era dono do carro envolvido no incidente, mas não revelou oficialmente o nome.
O boletim de ocorrência aponta que Luiz lançou artefatos explosivos em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), embora a distância tenha impedido danos à estrutura. Cerca de uma hora antes da explosão, ele teria feito uma publicação nas redes sociais com críticas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara e do Senado. Em seu perfil, Luiz compartilhava teorias conspiratórias alinhadas com a extrema-direita, como o QAnon, e foi candidato a vereador em 2020, pelo PL.
Testemunhas relataram que o homem retirou artefatos explosivos de uma mochila e, ao ser abordado por seguranças, abriu a camisa, exibindo um objeto que se assemelhava a um relógio digital, o que gerou suspeitas de que poderia ser uma bomba. Ele teria arremessado dois ou três artefatos que explodiram na sequência.
O boletim de ocorrência descreve que, após a explosão dos primeiros artefatos, Luiz deitou-se no chão e acendeu outro artefato junto à cabeça, aguardando a explosão.
A Polícia Federal decidiu abrir um inquérito para investigar o caso. Na noite do incidente, o presidente Lula se reuniu com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, no Palácio da Alvorada, e o inquérito foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.