Os três acusados de sequestrar, torturar e assassinar Larissa Estefany da Silva Rodrigues, de 17 anos, foram condenados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A decisão foi proferida na madrugada desta sexta-feira (15), após júri popular realizado no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O julgamento teve início na quinta-feira e durou cerca de 18 horas.
Ramon Gibson Costa, Bruno Borges de Souza Pereira e Gabriela Rodrigues Bispo foram considerados culpados pelo crime. Ramon recebeu pena de 19 anos e 15 dias de reclusão em regime fechado, com agravante de crime hediondo. Ele foi o único a assumir parcialmente a responsabilidade pela morte da jovem, conforme destacado pelo juiz Elexander Camargos Diniz.
Bruno, que nunca confessou envolvimento no caso, foi condenado a 19 anos e oito meses de prisão, a maior pena entre os réus. Ele foi apontado como participante direto do crime com base em vídeos incluídos na investigação.
Já Gabriela teve sua participação reconhecida pelo conselho de sentença como “de menor importância” e foi condenada a 13 anos e cinco meses de reclusão.
O juiz determinou que os réus não terão direito de recorrer da sentença em liberdade, e, portanto, permanecerão presos.
Relembre o caso
O crime ocorreu em novembro de 2022. Larissa foi sequestrada em um baile funk em Contagem, após um encontro fortuito com os acusados, que, segundo a investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), tinham envolvimento com o tráfico de drogas. A jovem foi levada para a região da Várzea das Flores, onde foi espancada, torturada e morta a pedradas.
Imagens que circularam nas redes sociais na época mostravam Larissa sendo agredida e colocada à força no porta-malas de um carro, sob a passividade de testemunhas. Os acusados alegaram desavenças com a vítima, afirmando que ela “causava intrigas”.
O caso gerou comoção e trouxe à tona discussões sobre a violência associada ao tráfico de drogas e a indiferença diante de situações de crueldade.