O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, na última segunda-feira (11/8), no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, foi transferido na noite desta quarta-feira (13/8) para o Presídio de Caeté, na Região Metropolitana. Segundo a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ele estava no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional da Gameleira (Ceresp Gameleira) desde a noite do crime.
No mesmo presídio também está preso Matteos França Campos, de 32 anos, acusado de matar a mãe, a professora Soraya Tatiana Bonfim França, em julho, após uma discussão sobre dívida de jogo. O corpo dela foi encontrado embaixo de um viaduto no bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano.
Renê foi preso cerca de oito horas após o crime, localizado em uma academia no bairro Estoril, e levado ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na audiência de custódia, realizada na manhã de quarta-feira, a Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público de Minas Gerais e converteu a prisão em flagrante em preventiva, sem prazo determinado. O juiz Leonardo Damasceno destacou a gravidade do crime, cometido em plena luz do dia e motivado, segundo a investigação, por uma breve interrupção no trânsito.
Ainda durante a audiência, a Polícia Civil solicitou que o caso tramitasse sob segredo de Justiça, mas o pedido foi negado pelo magistrado, que considerou que a publicidade dos atos processuais é a regra prevista na Constituição, podendo ser restrita apenas em situações específicas que envolvam defesa da intimidade ou interesse social.
O empresário, que era vice-presidente de uma empresa de alimentos, foi desligado do cargo após a repercussão do caso. Ele é formado em Administração e Marketing, possui dois MBAs e é casado com uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. Seu perfil no Instagram foi desativado poucas horas depois da prisão.
O inquérito segue em andamento, e Renê permanece à disposição da Justiça no Presídio de Caeté.