A Justiça de Minas Gerais determinou a revogação da prisão preventiva de Luiza Cristina de Assis Oliveira, detida no último dia 22 no bairro Milionários, região do Barreiro, em Belo Horizonte, por se apresentar como 1ª tenente da Polícia Militar para aplicar golpes e obter vantagens financeiras.
Na decisão, a juíza Lívia Lúcia Oliveira Borba considerou que a investigada possui endereço fixo, bons antecedentes e que o crime não envolveu violência ou grave ameaça, entendendo não haver necessidade de manter a prisão.
Luiza deverá cumprir medidas cautelares, como comparecer mensalmente à Justiça por seis meses, participar de todos os atos processuais, não se ausentar da Região Metropolitana de Belo Horizonte por mais de 30 dias sem autorização e manter o endereço atualizado.
O pedido de incidente de insanidade mental feito pela defesa foi negado. A magistrada afirmou que não houve provas suficientes para justificá-lo e criticou o uso de identidade de gênero como argumento para incapacidade mental, apontando também o desrespeito da defesa ao utilizar pronomes masculinos para se referir à investigada.
Segundo a Polícia Militar, Luiza foi presa em flagrante enquanto negociava uma suposta sociedade com o dono de uma lanchonete. Ela teria apresentado documentos falsos e se identificado como investidora. Além de se passar por tenente, também afirmava ser advogada, utilizando um número de registro inexistente da OAB, e publicava fotos com uniformes e crachás da corporação, alegando ocupar cargo de chefia e ter familiares em posições de destaque no meio policial e jurídico.
O alvará de soltura foi expedido com cumprimento imediato.