A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20/8) aponta que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou novamente, alcançando 46% de aprovação. Em contrapartida, a taxa de desaprovação caiu para 51%. Os que não souberam ou não responderam à pesquisa representam 3%.
Desde maio, Lula conseguiu recuperar seis pontos percentuais em sua aprovação, sendo três deles registrados entre as pesquisas de julho e agosto. Essa sequência de resultados favoráveis sugere uma reversão na tendência de queda que vinha sendo observada anteriormente.
Desde dezembro do ano passado, a taxa de aprovação havia diminuído, descendo de 52% para 40% em maio, o que foi considerado o pior resultado desde agosto de 2023. Acompanhe a evolução dos dados:
A melhora na popularidade de Lula foi percebida em todas as quatro regiões analisadas pela pesquisa da Quaest. A maior recuperação ocorreu no Nordeste, onde a aprovação subiu de 53% em julho para 60% em agosto. Essa região agora é a única onde a aprovação do presidente supera a desaprovação, que é de 37%.
A aceitação de Lula é mais alta entre mulheres, pessoas acima de 60 anos, aqueles com ensino fundamental e cidadãos que ganham até dois salários mínimos. A aprovação entre as mulheres é de 48%, em comparação a 44% entre os homens. No grupo etário acima de 60 anos, 55% aprovam Lula, enquanto entre os jovens de 16 a 34 anos, a aprovação é a mais baixa, com 43%.
A aprovação de Lula também varia conforme a renda. Entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, a aprovação chega a 55%, mas cai para 44% entre aqueles com renda de dois a cinco salários mínimos e desce para 39% entre os que têm renda superior a cinco salários mínimos.
Há uma diferença significativa na aprovação entre católicos e evangélicos: 54% dos católicos aprovam Lula, enquanto apenas 31% dos evangélicos fazem o mesmo.
A pesquisa da Quaest foi realizada entre 13 e 17 de agosto deste ano, com 12.150 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.
O aumento na aprovação de Lula coincide com a melhora na percepção sobre a economia e a inflação. Quando questionados sobre a situação econômica nos últimos 12 meses, 22% acreditam que melhorou, em comparação a 21% em julho e 18% em maio. A porcentagem de pessoas que acham que a economia piorou permaneceu em 46% de julho a agosto, enquanto 30% consideram que a situação não mudou.
Os entrevistados também foram questionados sobre os preços dos alimentos. Para essa questão, 60% perceberam que os preços aumentaram no último mês, embora esse número tenha caído de 76% na pesquisa anterior. A porcentagem de pessoas que acreditam que os preços diminuíram subiu de 8% para 18% entre julho e agosto.
Essa percepção está alinhada com os últimos dados de inflação divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicaram uma queda de 0,27% no grupo alimentação em julho, após uma retração de 0,18% no mês anterior, com destaque para a redução de preços do café (-10,1%) e da batata-inglesa (-20,27%).
A avaliação positiva do governo também teve um aumento no último levantamento, passando de 28% para 31%. O índice de avaliação regular caiu de 28% para 27%, enquanto a avaliação negativa diminuiu em um ponto percentual, ficando em 39%. Aqueles que não souberam ou não responderam representam 3%.
Quando comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 43% dos entrevistados acreditam que o governo de Lula é superior, 38% consideram pior, e 16% acreditam que é igual. Novamente, 3% não souberam opinar ou não responderam.