O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e de sua agência vinculada Invest Minas, deu mais um passo na consolidação do programa Rota da Descarbonização, projeto que visa impulsionar a transição para uma economia de baixa emissão de carbono no estado, com foco na atração de investimentos.

A partir do Rota, desenvolvido com apoio da consultoria especializada WayCarbon, a Invest Minas se insere na agenda climática e oferece uma valiosa contribuição para a realização do compromisso assumido pelo estado na campanha Race to Zero.

Após o lançamento do projeto e do diagnóstico dos quatro setores estratégicos (Transporte, Energia, Indústria e Agropecuária), a continuidade do estudo traz uma avaliação de cenários de descarbonização e a identificação das necessidades de investimento, em alinhamento com as ações e metas propostas no Plano de Ação Climática de Minas Gerais (PLAC-MG).

Os cenários construídos pelo projeto incluem: o Cenário Base, que simula a evolução natural das emissões sem a adoção de novas tecnologias; os Cenários Net Zero, com referências internacionais e nacionais, que apontam caminhos para a neutralidade climática; e o Cenário Rota, que traduz para a realidade mineira o esforço necessário em termos de tecnologias de mitigação.

Esse último foi baseado na construção da Curva de Custo Marginal de Abatimento (MACC), ferramenta elaborada pela consultoria que permite priorizar tecnologias mais custo-efetivas para reduzir emissões.

“O estudo aponta oportunidades concretas para novos negócios no setor de Transporte, especialmente por conta do cenário favorável para os biocombustíveis no estado, alinhando crescimento econômico e sustentabilidade. Essa iniciativa consolida o protagonismo mineiro na transição para uma economia de baixo carbono”, destaca o secretário de Estado Adjunto de Desenvolvimento Econômico, Frederico Amaral.

Principais soluções tecnológicas para o Transporte

Entre as soluções priorizadas para o setor de Transporte, destacam-se a eletrificação da frota, a ampliação do uso de bicombustíveis como o etanol e o biodiesel, o uso de biocombustíveis avançados como diesel verde e SAF (combustível sustentável de aviação), além de melhorias logísticas que reduzem consumo e emissões. As análises financeiras indicam que algumas dessas tecnologias podem, inclusive, gerar economias ao longo do tempo, reforçando a atratividade para investidores.

“Estamos dando um passo muito importante para transformar Minas Gerais em referência nacional em descarbonização. O trabalho no setor de Transporte mostra com clareza o que precisa ser feito e aponta oportunidades concretas para atrair novos negócios, gerando emprego e renda, ao mesmo tempo em que cuidamos do meio ambiente”, destaca Ivan Pinto, gerente de Inteligência e Relações Internacionais da Invest Minas.

Vale ressaltar que o setor de Transporte responde por aproximadamente 16% das emissões totais do estado, sendo o modal rodoviário o mais relevante, com 94% das emissões, impulsionadas, principalmente, pelo uso de diesel e gasolina. A projeção sem novas medidas aponta um aumento de 24% nas emissões do Transporte até 2050, cenário que reforça a urgência de ações para alterar essa trajetória.

Continuidade

Nas próximas fases, o programa avançará para a estruturação de um portfólio de projetos estratégicos e a proposição de aperfeiçoamentos regulatórios, com o objetivo de criar um ambiente ainda mais favorável para investimentos privados em tecnologias de baixo carbono. Assim, Minas consolida seu protagonismo no enfrentamento das mudanças climáticas, alinhando competitividade econômica e responsabilidade ambiental.