A primeira competição do futebol profissional brasileiro no ano é o chamado Campeonato Estadual, composto pelas 26 Federações do nosso País, mas o Distrito Federal. Ao todo são 27 campeonatos, que, aliás, são os mais tradicionais da nossa história, iniciando na primeira década do século XX. O auge foi até os anos 90. De lá pra cá, os Estaduais foram engolidos pelo Campeonato Brasileiro e as competições sul-americanas.
Mas hoje eles existem e resistem pelos interesses políticos e econômicos da cartolada da CBF e Federações. Futebolisticamente é um desastre para os clubes, torcedores e até mesmo a mídia. Mas isto não vai mudar nunca, a não ser que se crie uma Liga dos Clubes, que convenhamos é praticamente impossível, por conta da eterna desunião dos clubes.
A competição deste ano começa nesta quarta, 21 de janeiro e terminará em 7 de abril, engolindo 2 meses e meio do nosso apertadíssimo calendário. Consegue até mesmo tomar a metade do tempo de pre-temporada dos clubes, restrita agora ha 15 dias. Mas a pior sequela fica mesmo para o chamado “encavalamento” das principais competições, Brasileirão, Libertadores, Sul-Americana, Copa do Brasil, num prazo de 7 meses e meio, e com times tendo que abandonar pelo menos uma delas, porque ninguém é de ferro.
É com este cenário caótico, num vício que dura anos, que vai começar rolar a bola a partir desta quarta, inclusive com dois times cariocas fora do Brasil, sendo representados aqui pelo sub-23. A valer mesmo somente a partir de abril, com as demais competições.
Por Oliveira Lima