As exportações de BH para os Estados Unidos sofreram uma queda de 57,81% após a entrada em vigor das tarifas impostas pelo governo Trump em agosto. Em todo o estado de Minas Gerais, a retração foi de 45,41%, o que significa uma redução de US$ 371,87 milhões nas vendas externas nos últimos dois meses, na comparação com o mesmo período de 2024.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações mineiras para os americanos somaram US$ 446,95 milhões entre agosto e setembro deste ano, ante US$ 818,82 milhões no mesmo intervalo do ano passado. As sobretaxas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos atingiram produtos como café e carne, itens fundamentais na pauta de exportação de Minas.
O mês de setembro mostrou um agravamento da crise: a queda nas vendas foi de 47,41%, contra 42,95% em agosto. No último mês, o estado exportou US$ 237,51 milhões, valor bem abaixo dos US$ 451,65 milhões registrados em setembro de 2024.
BH é a terceira cidade mais afetada por ‘tarifaço’
Belo Horizonte foi a terceira cidade mais afetada no estado, ficando atrás apenas de Sete Lagoas e João Monlevade. O ranking das cinco mais impactadas inclui ainda Araxá e Divinópolis. Veja abaixo:
- Sete Lagoas (RMBH): – 68,29%
- João Monlevade (RMBH): – 58,21%
- Belo Horizonte (RMBH): – 57,81%
- Araxá (Alto Paranaíba): – 56,63%
- Divinópolis (Centro-Oeste): – 55,60%
- Pirapora (Norte de Minas): – 36,86%
- Contagem (RMBH): – 33,29%
- Alfenas (Sul de Minas): – 29,16%
Em resposta aos efeitos das tarifas, o BNDES disponibilizou uma linha de crédito de R$ 40 bilhões por meio do plano Brasil Soberano. Do total, R$ 30 bilhões virão do Fundo Garantidor de Exportações e R$ 10 bilhões do próprio banco. Os recursos podem ser utilizados para capital de giro, modernização da produção, compra de equipamentos e abertura de novos mercados.
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