O Cruzeiro vai reduzindo as fichas que tem para gastar no Campeonato Brasileiro. Outra chance desperdiçada foi contra o Bahia, nessa sexta, no Mineirão, em jogo que foi menos organizado e teve menos momentos de merecimento que o adversário.
O Cruzeiro tinha a chance de terminar o dia no G-6, mas segue fora dele e amplia o momento ruim no Brasileiro. Só venceu um dos últimos 11 jogos, e diante do lanterna Atlético-GO.
São quatro jogos com Fernando Diniz e ainda nenhuma vitória. O treinador teve quase duas semanas completas de treino, mas não conseguiu converter o trabalho em três pontos. Resultado não é tudo, mas é aspecto fundamental no trabalho.
E sem alcançar este aspecto, o Cruzeiro vai diminuindo a chance de errar no Brasileiro. Pelas contas dos matemáticos, só poderia perder mais um jogo por uma vaga na Libertadores.
Com isso, cada vez mais, as esperanças pela vaga na competição continental passam a ser depositadas na Conmebol Sul-Americana. O time está na semifinal e tem o confronto com o Lanús, da Argentina.
Já foi possível ver mais movimentos de jogadores. Como Matheus Pereira buscando o jogo na defesa, caindo ora pelos lados. Os laterais, William e Marlon, espetados na última linha ofensiva, enquanto a saída de bola é coordenada por Cássio, dois zagueiros e os volantes.
Esse último movimento, inclusive, ainda precisa ser mais trabalhado. O Cruzeiro errou algumas saídas e poderia ter oferecido um gol ao Bahia dessa forma.
Outro ponto é que, após muitas recuperações do Bahia no campo defensivo, o Cruzeiro foi surpreendido defensivamente e poderia ter tido problemas maiores. No primeiro tempo, o time visitante jogou melhor, foi mais organizado e até merecia a vitória parcial.
No segundo tempo, mesmo ainda não apresentando significativa melhora, o Cruzeiro alcançou o tento em um lance individual de Matheus Pereira e gol de Gabriel Veron. Chegou ao segundo com Kaio Jorge, mas foi apontado impedimento de Villalba em lance bastante polêmico.
Mesmo se fizesse o segundo gol, o placar poderia ser considerado irreal pela organização e volume de jogo das duas equipes. O Bahia, pelo desempenho, merecia o gol e chegou a ele em um descuido defensivo na lateral esquerda com Marlon e no miolo de zaga com João Marcelo.
Neste lance, o Cruzeiro deixou escapar a vitória e não conseguiu apresentar volume e organização para reagir. As entradas de Jhosefer e Mateus Vital não acrescentaram ao sistema ofensivo. Aí, a pouca opção ofensiva voltou a fazer diferença.
Foi mais um resultado ruim em casa no segundo turno, abortando mais uma vez a reação no Brasileiro e colocando ainda mais atenção de como será a evolução do trabalho de Fernando Diniz em termos de desempenho e resultado. É preciso tempo, mas também é preciso ter vitórias.