O atacante Alisson está de saída do Atlético. O clube — ao lado do staff do atleta — acertou a venda ao Shakhtar Donetsk, e o jogador embarca nesta sexta-feira rumo à Ucrânia. Os valores giram em torno de 14 milhões de euros (cerca de R$ 88 milhões) e superam as cifras oferecidas pelo Leicester, da Inglaterra, há algumas semanas. O vínculo será válido por cinco temporadas e seis meses.
Os clubes já trocam documentos e devem oficializar a negociação até segunda-feira, quando fecha a janela do futebol ucraniano. O Galo ficará com 80% do valor da venda – cerca de R$ 69 milhões. As cifras podem aumentar caso ele alcance as metas estabelecidas em contrato.
Uma saída ao futebol europeu era de interesse do atleta e do staff dele. O Atlético aguardava uma proposta nos valores que entendia ser justo. O clube tinha como meta fazer uma venda nesses moldes para equilibrar o orçamento em 2025.
A informação sobre o acerto entre os clubes foi noticiada pela Itatiaia e confirmada pelo ge.
Alisson, de 19 anos, é formado nas categorias de base do Atlético. Disputou 42 jogos no profissional, com quatro gols e duas assistências. Recentemente, o jogador esteve no título do Sul-Americano Sub-20 com a seleção brasileira.
Alisson foi um dos destaques no início de 2024. Saindo do banco, ganhou as primeiras oportunidades com Felipão no Estadual. O rendimento foi bom, tanto que a torcida cobrava a titularidade do atacante.
O atacante alternou entre o banco e estar entre os onze iniciais. Ganhou uma sequência no time, mas não durou muito tempo. Com a chegada de Gabriel Milito, era figura frequente durante as partidas.
No meio da temporada, Alisson sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo e ficou mais de um mês longe dos gramados. Retornou com menos espaço, chegou a marcar contra o Juventude, pela 36ª rodada do Brasileiro. Neste ano, por conta do Sul-Americano sub-20, ele disputou apenas duas partidas, marcando um gol.
A venda de Alisson ao futebol europeu trouxe uma informação importante sobre o planejamento do Atlético para a temporada: a necessidade de ter uma venda expressiva para equilibrar o orçamento de 2025. Ela veio.
Essa necessidade foi preenchida com a saída de Alisson ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Os valores sinalizados pelo time ucraniano são superiores ao do Leicester, da Inglaterra, que ofereceu 12 milhões de euros. Eles giram em torno dos 14 milhões de euros (cerca de R$ 88 milhões de reais).
Os clubes já trocam documentos e devem oficializar a negociação até segunda-feira, quando fecha a janela do futebol ucraniano. O Galo ficará com 80% do valor da venda – cerca de R$ 69 milhões.
O Atlético entendia que precisa de uma venda expressiva para equilibrar o orçamento do ano. . A informação foi divulgada pelo executivo do clube, Paulo Bracks.
“Na verdade, a gente conta com essa venda, não necessariamente do Alisson, mas uma venda de um importe semelhante ao que viria se a gente vender o Alisson. Mas há uma expectativa, não só em relação a ele, mas a outro atleta, para a gente ter um orçamento bem redondo no ano”.
“A gente já fez investimentos esse ano, não significa que nós não faremos outros, mas a gente está investindo forte no futebol. Essa venda é necessária na temporada”.
No início do ano, o CEO do Atlético, Bruno Muzzi, deu uma entrevista para falar das contas do clube do ano passado e a expectativa para 2025.
Segundo dirigente, a balança financeira em relação à venda e contratações do Galo precisa estar próxima do zero. Ou seja, para investir em chegadas de atletas é necessário equalizar a conta com a saída de jogadores.
“Se estou falando que vou investir, na média, R$ 160 a R$180 (milhões), estrategicamente preciso tentar zera isso aqui, preciso tentar equilibrar isso. Vou conseguir ou não? Ao longo do ano, vou saber. Isso passa por formação de equipe, montagem do elenco e por tudo isso”.