Por Oliveira Lima
Este ano de 2025 começou para o Atlético Mineiro sob altas expectativas de conquistas na temporada, após fechar o ano anterior com o vice-campeonato da Libertadores, embora vacilasse no Brasileirão, quando se assustou estava brigando para não cair. Mas pelo elenco que iniciou o novo ano, sonhou-se com sucessos seguidos. E começou bem, levantando o hexa campeonato mineiro e olhando com esperanças para o Brasileiro, Copa Sul-Americana e Copa do Brasil.
Mas a realidade foi pesada para os ombros atleticanos: Ainda curtindo a perda da Libertadores dramática para o Botafogo em Buenos Aires e o susto do rebaixamento se avizinhando, elenco voltou sem uma mínima pré-temporada, chegando mais tarde aos Estados Unidos para os dois amistosos e debaixo de temperatura zerada. Quando voltou não teve descanso e nem mesmo os 30 dias do Mundial foram suficientes para consertar a casa. Saíram jogadores, chegaram jogadores e os salários começaram a serem atrasados e com problemas de gestão dentro e fora do campo, o time esqueceu o bom futebol.
A conta chegou e bem rápido! Direção não priorizou competições e os jogadores perderam para o cansaço. Time claudicou no começo da Sul-americana e quando a Copa do Brasil apertou, sofreu muito. E como o Brasileirão é uma batalha longa e duríssima, elenco não em força para levar as três competições à contento. Pela frente dramas à espera do Galo. Sul-Americana tem agora a altitude e o bom time do Bolívar. Copa do Brasil o adversário é simplesmente o Cruzeiro, seu maior rival, e o Galo em desvantagem. Brasileirão, o Z4 está às suas margens.
Coincidência ou não, a queda atleticana se inicia pós Mundial de Clubes, depois de um mês de descanso e treinos, mas já com desentendimento da comissão técnica com a direção e entre os próprios jogadores quando vieram quatro meses seguidos com salários atrasados. Sofrimento para eliminar o Bucaramanga Godoy Cruz na Sula; drama diante do Flamengo e desastre contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil e agora a aproximação assustadora da zona de rebaixamento no Brasileirão. Copas são mata-mata e tudo pode acontecer, mas os pontos corridos do Brasileirão são bem diferentes. Quem vai bem chega na ponta, quem vai mal tem o inferno do Z4 à sua sombra.
O comandante que chegar agora terá a dura missão de resgatar tudo, pois o Galo é de forma disparada o pior time do Brasileirão pós mundial. Uma mísera vitória em oito jogos, um único empate e absurdamente seis derrotas, num aproveitamento assustador de 16,6%. Faz inveja até mesmo o lanterninha Sport, virtual rebaixado. Para o novo comandante a missão é fazer este time jogar! Altitude de La Paz, Clássico contra o Cruzeiro e reação urgente no Brasileirão, são as primeiras e urgentes necessidades do Galo.