Por Oliveira Lima
As autoridades de Minas Gerais determinaram que o clássico Atlético x Cruzeiro no dia 03 de fevereiro na Arena MRV terá torcida única, ou seja, do Atlético Mineiro. Decisão não foi tomada somente devido aos acontecimentos do clássico do ano passado, o primeiro da Arena em que o Cruzeiro venceu por 1×0 e os 10% da locação do estádio foi dedicado à torcida cruzeirense. Foi um desastre o comportamento da diretoria do Galo e os pouco mais de 4 mil cruzeirenses.
A decisão das autoridades em torcida única do mandante este ano na Arena do Galo e ano que vem no Mineirão, simplesmente confirma a falência do Estado e da Sociedade. O Governo é incompetente e o Povo não em educação. A causa é toda o povo, que se soubesse se comportar em um jogo de futebol, respeitando o direito do outro, estaria tudo resolvido.
As autoridades ainda tentaram resolver o problema, diminuindo a quantidade de torcedores visitantes para apenas 10% e se criou outro problema. Esses 10% são os membros de torcida organizada dos clubes, que se comportam de maneira violenta, como nos mostram os boletins de ocorrências policiais. Torcida organizada torce é para si: cantam seus hinos próprios e não do time: vestem suas camisas e não do time. E são violentos, o que não é o caso dos torcedores comuns.
Quanto ao Estado, que se diz incapacitado para dar segurança no jogo, parece que a questão é mesmo que ele, o Estado, não quer resolver o problema. Quando quiz, resolveu. O governador do Estado de Minas Gerais naquele 03 de fevereiro de 2013 era Antônio Anastasia, que fincou pé quando a Polícia Militar e Secretaria de Segurança falaram que não tinha como ter duas torcidas no clássico Cruzeiro x Atlético na inauguração do novo Mineirão. Anastasia obrigou seus comandados a dar segurança para 50% de cruzeirenses e 50% de atleticanos. E tudo ocorreu com absoluta correção. Sendo assim, dá para resolver tudo, quando o Povo quiser e o Governo também.