Uma reportagem publicada pela revista Piauí nesta quinta-feira (13) revelou que o Cruzeiro Esporte Clube teria sido utilizado para lavar R$ 3 milhões para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação faz parte de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF).
O caso envolve a contratação do atacante Diogo Vitor em 2021, período em que o clube disputava a Série B do Campeonato Brasileiro sob a gestão do então presidente Sérgio Santos Rodrigues. Segundo as apurações, em vez de pagar diretamente ao empresário William Barile Agati, que detinha os direitos econômicos do atleta, o Cruzeiro teria transferido os valores de forma atípica. Poucos dias depois, parte do dinheiro (R$ 1,5 milhão) teria sido devolvida ao empresário e a uma de suas empresas.
De acordo com o MPF, a transação teria sido utilizada para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A investigação aponta que, entre 2019 e 2021, Agati teria enviado cerca de duas toneladas de cocaína para a Europa, utilizando navios e um jato executivo.
Diogo Vitor não chegou a atuar pelo Cruzeiro e deixou o clube ainda em 2021. A Polícia Federal segue investigando o caso.
Posicionamento do Cruzeiro
A atual gestão do Cruzeiro SAF afirmou que não tem relação com os acontecimentos da época e que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.