O Cruzeiro e o ex-presidente Sérgio Santos Rodrigues se manifestaram oficialmente após uma reportagem publicada da Revista Piauí que relacionou um empréstimo de 2021 a supostas operações de lavagem de dinheiro vinculadas ao tráfico de drogas. Em nota divulgada nesta sexta-feira (14), o clube negou qualquer irregularidade e afirmou que o contrato, no valor de R$ 5 milhões, foi quitado entre 2021 e 2022 com juros.
De acordo com a publicação, o clube teria recebido R$ 3 milhões de contas bancárias ligadas a empresários de Diego Vitor, atleta associado ao empresário Willian Barile Agati, preso pela Polícia Federal em operação contra traficantes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
A reportagem também mencionou a devolução de R$ 1 milhão pelo Cruzeiro a contas pessoais do empresário e de uma de suas empresas.
Em resposta, o Cruzeiro destacou que o empréstimo está registrado em documentos contábeis e foi quitado durante a gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), sob o comando de Ronaldo Nazário. “Todas as transações foram realizadas de forma eletrônica, facilmente rastreáveis por instituições financeiras ou pela própria PF”, afirmou o clube, acrescentando que a PF ainda não solicitou esclarecimentos à SAF.
Ex-presidente do Cruzeiro rebate acusações e cita contrato
Sérgio Santos Rodrigues, que comandava o clube em 2021, também negou as alegações. Em publicação no Instagram, ele compartilhou uma conversa com o jornalista Allan de Abreu, autor da reportagem, e detalhou o acordo. Segundo ele, o empréstimo de R$ 5 milhões foi firmado com Willian Agati, a uma taxa de 0,8% ao mês, para viabilizar a recuperação física de Diogo Vitor no Centro de Treinamento do clube.
“Parte do valor foi quitada em minha gestão, e o restante foi pago pela SAF de Ronaldo Nazário. O dinheiro foi devolvido ao titular, o que inviabiliza qualquer tese de lavagem”, declarou Sérgio, que classificou a reportagem como “sensacionalista e inverossímil”. Ele ainda cobrou uma retratação pública da Revista Piauí e do repórter, sugerindo que o caso será levado à Justiça.
Em sua nota, o Cruzeiro enfatizou a legalidade das operações: “Caso a PF nos contate, toda a documentação será disponibilizada, pois todas as etapas seguiram a legislação vigente”. A associação também corrigiu informações sobre os valores envolvidos e reiterou que os registros contábeis comprovam a quitação integral do contrato.
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