Por Oliveira Lima
O novo dono do Cruzeiro, Pedro Lourenço, que controla a SAF do Cruzeiro, com 90% das ações, não tem nenhum perfil de clube-empresa, pelo contrário: trabalha à moda clube associativo, modelo anterior às SAFs, e que por irresponsabilidade quebrou os times do Brasil, com raríssimas exceções. Evidentemente Pedro Lourenço não fará nenhuma gestão temerária ou de roubo, como foi a de Wagner Pires de Sá. Empresário bem sucedido, sabe como ninguém gerir uma empresa com muita responsabilidade, pois se fosse ao contrário, não estaria bilionário.
Pegou um Cruzeiro de Ronaldo bem organizado e fora da UTI, com um plano de recuperação judicial bem elaborado e bem iniciado. Ou seja, o caminho de Pedro Lourenço está bem pavimentado. Daqui pra frente é bem diferente, com mais investimento e por consequência maior poder de ganho. E ele não anda sozinho. Tem muito investidor ao lado dele, para fazer do Cruzeiro um time que possa brigar por conquistas, o que não aconteceria hoje, com Ronaldo.
A expectativa de todos é por um Cruzeiro que vai sonhar alto no segundo semestre, depois da janela de junho, um período de 30 dias para compra e inscrições de jogadores. Com investidores altos, Cruzeiro, que já acertou a vinda do goleiro Cássio, buscará mais quatro jogadores para serem, pelo menos três, titulares. Olhando as carências do elenco, percebe-se a necessidade de contratação de um zagueiro, volante, atacante da direita e um centroavante. Dos quatro, dois especulados: zagueiro Mina e o volante Cuellar.
Seriam então quatro ou cinco jogadores para serem titulares, contando com o goleiro Cássio. Uma mudança de praticamente metade do time. Alteraria o patamar. Alteraria também os sonhos. Até agora a expectativa é a permanência sem dores na Série A do Brasileirão e ir até onde pode na Copa Sul-americana. Para o segundo semestre, 10 de julho podem estrear os novos reforços, muda-se o sonho: de chegar perto do G6, pre-libertadores e o principal: conquistar a Copa Sul-Americana, algo inédito.