Por Oliveira Lima
O Cruzeiro deste 2025, tem a fama do clube que mais movimentou a janela de transferências de janeiro, dentre todo os clubes do Brasil. Não pelo valor investido em compras, mas sim pelos jogadores consagrados que trouxe. Pelo valor de investimentos, Cruzeiro é apenas o 5º maior desta janela, com 9 contratações, num valor de 71.600 milhões de reais. Acima dele estão, o Galo com 5 contratos, gastando 94.375 milhões. O Bahia gastou mais, assim como o Botafogo e o Palmeiras, o que mais gastou com 232.750 milhões de reais. É que o Cruzeiro pegou muitos jogadores que estavam livres no mercado.
O que chama atenção nas contratações comandadas pelo dono, Pedrinho BH, foi a quantidade de jogadores renegados pelos seus clubes. Das 9 contratações, 6 estavam em baixa: Gabigol na briga com a diretoria flamenguista e do abandono do técnico Tite; Dudu no desentendimento com Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Fabricio Bruno, preterido do técnico Filipe Luís no Flamengo, e Fagner, escanteado no Corinthians. Além de Cássio, que chegou antes era o “bode expiatório” no Corinthians, e de Eduardo, sem espaço no Botafogo.
Esta tática é antiga no Cruzeiro no decorrer dos anos. Jogadores abandonados nos seus clubes, aproveitam no Cruzeiro para dar a volta por cima e ganhar títulos. São vários casos, mas os mais marcantes geraram títulos importantes. Os mais antigos vão se lembrar de 1976, há quase 49 anos, quando Jairzinho estava encostado no Botafogo, quase em fim de carreira, vem a convite do técnico Zezé Moreira para substituir o lesionado Dirceu Lopes, para a disputa da Copa Libertadores. Com ele, Jairzinho, o Furacão da Copa de 70 , Cruzeiro ganha a Libertadores pela primeira vez. No começo dos anos 90, Renato Gaúcho estava parado e vem para comandar o clube na conquista da Supercopa da Libertadores. Um herói no Bi da Libertadores do Cruzeiro em 1997, Elivélton, não tinha mais espaço no Palmeiras. E o que falar de Alex, o talento, que só veio em 2003 pela fiança de Luxemburgo, para ganhar o Brasileirão e a Copa do Brasil .
São exemplos então claros para Gabigol, Cássio, Dudu, Fabricio Bruno, Fagner e Eduardo. Pela história eles estão no lugar certo e na hora certa.