Por Oliveira Lima
De todos os 20 times do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro de forma disparada, é o que mais evoluiu nos últimos jogos. Já está no G4, sempre dominado por Palmeiras, Flamengo e o surpreendente Bragantino e tem a 2ª melhor vantagem para o jogo de volta pela Copa do Brasil. E não é somente a torcida e imprensa que estão dizendo isso: a constatação mais latente partiu do técnico do Flamengo, Filipe Luís, em coletiva pós derrota para o Cruzeiro. Filipe disse que “ninguém dá valor ao Cruzeiro, que é um time muito organizado e bem treinado e que em jogando muito bem.”
Mas quando começa esta história de um time que inicia mal o ano de 2025 e agora encanta o Brasil? Começa no caos de um elenco formado sem muito critério e somente no aspecto midiático. E o ponto de partida para a mudança acontece no dia 09 de abril de 2025, no Mineirão, quando o Cruzeiro perde para o desconhecido Musch Runa, do Equador. No fundo do poço, Leonardo Jardim dá um basta na situação e muda tudo. Tinha um elenco de estrelas e não de futebol. Daquele que perdeu para o Murschu até hoje, são sete alterações no onze titular. Somente quatro sobreviveram.
Dos sete, dois saíram (Marlon para o Grêmio e Dudu para o Galo). Um se machucou, e foi exatamente naquele confronto com o time equatoriano, o meia Mateus Henrique, que aliás era o único jogador que jogava bem naquele momento. Quatro foram para o banco, mais um quinto, Dudu, que só depois foi embora. Medalhões foram sacados: Gabigol, Willian, Eduardo e Jonatan Jesus, além da confirmação de Wallace. As novas peças foram Fagner, Villaba, Kaiki, Lucas Silva, e os desconhecidos Wanderson e Cristian que chegaram do Athetico Paranaense e Internacional, além da confirmação de Kaio Jorge
De lá pra cá são 10 jogos ,contando 3 com reservas na Sula, com time a já eliminado. Sem estes 3, são 7 jogos com 5 vistorias , 1 empate 1 derrota , num aproveitamento de 76% . Ganhou do Bahia, Vasco, Flamengo e Sport pelo Brasileirão, além do Vila de Goiás pela Copa do Brasil. Perdeu para o Bragantino e empatou com o São Paulo, aliás no jogo do inicio da reabilitação.
Da turma que foi para o banco, todos entenderam o sentido do coletivo, menos Dudu, que teve que sair do clube. Exemplo do entendimento é Gabigol, um reserva que quando entra decide o jogo. E no fim, se vê coletividade, com todos em volta de um bem comum. Só pra relembrar o time que perdeu para o Mursch e começou a reação do Jardim. Cassio, Fabricio Bruno, Romero e Mateus Pereira foram os “sobreviventes.”O onze foi : Cassio, Williian, Jhonatam, Fabricio Bruno e Marlon/ Lucas Romero, Mateus Henrique, Eduardo e Mateus Pereira/Gabigol e Dudu. Era ainda um time de estrelas, mas não de futebol.