Cruzeiro perde de 1×0 para o Coritiba na tarde deste sábado em Curitiba, e não no Couto Pereira e sim no Durival de Brito, em função da impossibilidade de uso do “Couto”. Os números são frios e permissíveis ao Cruzeiro de reação para escapar do rebaixamento. Ainda depende só dele, coisa que não tem nem Goiás e nem Vasco e muito menos o Bahia. Em função de um jogo a mais para fazer e o único dos times que dois confrontos diretos, o Cruzeiro tem vantagens que só ele tem.
Se os números permitem reação, o ambiente externo do Cruzeiro não permitem. Antes da viagem `Curitiba, membros de uma torcida organizada foram ao portão da Toca 2, dizer que se o time perdesse o jogo contra o Coritiba, as cobranças serão pessoais aos jogadores, diretores e comissão técnica. Quer tom maior de ameaça do que estes dizeres?
E veio a derrota. E antes da coletiva do Zé Ricardo, o CEO do Cruzeiro, Pedro Martins, fez pronunciamento condenando o que ele chama de falsos torcedores, gente travestida de torcedores, bandidos que não podem serem chamados de torcedores do cruzeiro. Para que esses torcedores invadiram o campo após o gol do Coritiba? Para bater nos próprios jogadores?
Quando a sua própria torcida invade um campo para bater no seu próprio jogador é sinal de fim do poço. Pedro Martins citou que todos do cruzeiro estão ameaçados no seu local de trabalho. Esse é o clima no Cruzeiro. Os números são frios e permissíveis, o entorno não.