Por Oliveira Lima
Dois gigantes tradicionais do futebol sul-americano se encontrarão nestas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana: Cruzeiro x Boca Jrs é o confronto mais esperado por todos e simplesmente, pra muita gente, a final antecipada. Dois clubes tradicionalíssimos que ainda estão saindo do inferno de suas crises financeiras e institucionais, que quase levaram os dois à falência. Se a lei esportiva na América do Sul fosse a que rege o resto do mundo, Boca e Cruzeiro estariam extintos. Estarem nas Sul-Americana, significam a realidade atual e o sonho de voltarem ao topo da América, a Copa Libertadores.
Já foram gigantes do continente: O Boca é o segundo maior vencedor da Liberta, com 6 conquistas, apenas uma abaixo do maior, o seu compatriota Independente de Avellaneda. Última conquista da América pelo Boca foi em 2007. Em 2012 foi vice diante do Corinthians, há 12 anos. Já o Cruzeiro levou o caneco por duas vezes, 1976 e 1997 e chegou ao vice em 2009, há 15 anos.
Mas a atualidade é dura para ambos: Cruzeiro foi ao fundo do poço por 3 anos seguidos, jogando a Série B brasileira por três anos seguidos: 2020, 21 e 22. Já o Boca viu o River Plate de Marcelo Galhardo dominar a Argentina por anos a fio, ficando em segundo plano ao ponto de ser um mero participante do campeonato nacional.
Agora eles querem o protagonismo de volta. Cruzeiro recuperado pela SAF e o argentino tentando sobreviver à crise que assola a nação argentina. Situação do Boca é pior. Conquista a Sul-Americana para ambos seria a volta ao caminho da redenção, levantando um troféu importante e se ingressando à Libertadores, de onde nunca deveriam ter saído. Mas esse caminho, e volta, é apenas para um deles. Poderiam fazer a final no Paraguai em novembro, mas o sorteio quis que se encontrassem agora, nas oitavas, numa final antecipada.