Por Oliveira Lima
Os últimos anos de ouro do Cruzeiro são com o técnico Mano Menezes, na sua segunda passagem pelo clube de 2016 a 2019, conquistando, de forma inédita, o bicampeonato da Copa do Brasil em 2017 e 18 e o Campeonato Mineiro de forma invicta em 2019. No segundo semestre daquele fatídico ano, o Cruzeiro é literalmente implodido pelos seus próprios dirigentes, na maior crise financeira e institucional de um time de futebol em qualquer parte do mundo. Chegou a não ter nem bola e jogador para treinar.
Rebaixado à Série B, quase caiu para a Série C do futebol brasileiro. Só foi reerguido em 2022 pela SAF de Ronaldo Fenômeno, que ganhou o Brasileirão da Série B, voltando à elite depois de 3 anos. No período anterior à Ronaldo, trocou de time e treinador a todo momento, em período de pleno desespero e sem dinheiro. De Mano Menezes até hoje já são 18 treinadores em 5 anos e meio, ou seja, mais de três comandantes por ano. Mano ficou 3 anos no Cruzeiro.
Neste período, Cruzeiro teve técnicos de renome(Felipão e Luxemburgo) e outros completamente fora do contexto, como Mozart Santos, Felipe Conceição, dentre outros. A lista dos 18 vai de técnico campeão do mundo ao maior vencedor brasileiro. Do segundo semestre de 2019 até hoje: Tudo começa com Rogério Ceni, segue com Abel Braga e finalmente em 2019 com Adilson Batista, que cai para a Série B do Brasileirão. Três técnicos num segundo semestre.
2020 é ano de chumbo, beirando o fundo do poço: Adilson Batista inicia o ano, seguido por Enderson Moreira, Ney Franco, Felipão, e o interino Célio Lucio. Felipão salvou o Cruzeiro do rebaixamento à série C. Segue ” anos de chumbo em 2021″:Felipe Conceição, Mozart Santos, Luxemburgo. Segue na série B. Vem Ronaldo e acerta o pé com o uruguaio Paulo Pezzolano (único a permanecer por uma temporada inteira), bate campeão brasileiro da serie B, subindo o time à elite. Pezzolano começa o ano de 2023, tendo o Cruzeiro o incrível número de 5 treinadores num mesmo ano, ou seja um comandante a casa dois meses e meio: Pezzolano ,Pepa, Fernando Seabra, Zé Ricardo, Paulo Autuori. Ano passado quem abre os trabalhos é o argentino Nicolás Larcamom, seguido de Fernando Seabra e Fernando Diniz, que vai iniciar este ano de 2025, sequenciado pelo interino Wesley Carvalho.
Nestes 5 anos e meio, time comandado por 18 treinadores, sendo 2 interinos. Um técnico a cada 3 meses e meio. Neste período, apenas um ano de glória: 2022, campeão brasileiro da série B, voltando à divisão principal e com um técnico(único) que ficou por uma temporada inteira: Paulo Pezzolano. Agora, em 2025, chega o português Leonardo Jardim para colocar o Cruzeiro no rumo certo, abrindo uma nova era e encerrando “os anos de chumbo”