Por Oliveira Lima
Cruzeiro de dezembro do ano passado acenava para um esperançoso 2025, com as contratações de Gabigol e Dudu, se juntando ao elenco já brilhante das competições anteriores puxado pelo goleiro Cássio e os meias Mateus Pereira e Mateus Henrique. Mas na prática o ano começa mal, com o time não engrenando e com Fernando Diniz demitido.
Mas vai acontecer a revolução que tem nome: Leonardo Jardim. Com poderes totais de um manager, dado à ele pelo dono Pedro Lourenço, o treinador português olha mais para o elenco do que para as peças individuais. Quem não entendeu foi embora, casos de Dudu e Marlon. Quem entendeu ficou: Gabigol e Willian. Os tais 42 dias de hiato entre a fase classificatória do Mineiro e o começo do Brasileirão serviram para uma verdadeira pré-temporada, que acabou dando muitos bons frutos na sequência. O time todo melhorou e muito: Cássio voltou a ser o Cássio dos bons tempos de Corinthians, Lucas Silva(que era reserva) se tornou o “dono do time”e Kaio Jorge finalmente explodiu, se tornando o melhor atacante do Brasil.
O time joga o melhor futebol do Campeonato Brasileiro e se torna o co-líder da competição, ao lado do Flamengo. Virou a maior surpresa da primeira parte do mais difícil torneio do mundo. É o time mais arrumado de todos. E as chances de ganhar um dos dois títulos que disputa atualmente aumentou com a sua esperada eliminação da Copa Sul-Americana. Passou a ser o único time grande com duas competições, enquanto os demais têm três ou quatro pela frente, num desgaste sobrenatural.
Direção cruzeirense deixou claro que a preferência é pelo Brasileirão, nas palavras do vice de futebol, Pedro Lourenço Jr, filho do dono, Pedrinho BH, de que chegar à vaga direta à Copa Libertadores do ano que vem, ou seja o G4. Claro que quem chega ao G4 olha diretamente para o título também. E mesmo com um grupo muito unido e entusiasmado e bastante concatenado à direção, há necessidade de reforços, para equilibrar o elenco. Serão as chamadas contratações pontuais.
E não serão poucas. Cruzeiro precisa de um zagueiro canhoto, pois só tem três em todo o seu elenco, com a devolução de Gamarra ao Athetico Paranaense. Precisa também de um lateral esquerdo, pois o reserva é Kauã Prates, de apenas 16 anos. Mais um primeiro volante, pois o titular Lucas Romero é o único da posição. Lá na frente, é necessários dois extremos, pois com a saída de Dudu, não tem reposição, porquê Cristian é improvisado na direita e não há reserva para Wanderson, com a eminente saída de Lautaro. Sendo assim, mesmo com um elenco muito bom, há a urgência de mais cinco reforços para se pensar num G4, sonhando com o titulo brasileiro, que não vem há 11 anos.