Por Oliveira Lima
SAF, modelo salvador dos times brasileiros, chegou como grande novidade e principalmente modernidade. Primeiramente veio para salvar quase todos seus times da falência financeira. Depois como uma nova ordem: modernidade, profissionalismo, responsabilidade financeira e tudo mais. Mas uma coisa as SAFs ainda não conseguiram mudar; “futebol é resultado”. Time perde três jogos, treinador é demitido.
E quem está seguindo à risca essa ordem é o Cruzeiro de Ronaldo Fenômeno, o Botafogo de Texto, o Vasco ainda segura Ramom Diaz. Até o inicio do segundo semestre de Mano Menezes no Cruzeiro, foi uma grande exceção; Ele ficou em 3 temporadas 219 jogos, modelo europeu, quase 4 anos no comando. Mas depois dele, crise institucional e financeira no clube, Cruzeiro se transformou na maior máquina de moer treinadores do Brasil, mesmo tendo Paulo Pezzolano por uma temporada inteira em 2022, até porque ele ganhou o Brasileiro da Série B.
Ainda no modelo associativo, Cruzeiro do até então presidente Sergio Rodrigues colecionou de agosto de 2019 à dezembro de 2021, um total de 9 treinadores, sendo Luxemburgo e Felipão os que ficaram mais tempo. 23 jogos Luxa, 21 Felipão.
2019: Rogerio Ceni, 8 jogos: Abel Braga 14; Adilson Batista 15.
2020: Endersom Moreira 12; Ney Franco 7; Felipão 21.
2021: Felipe Conceição 19; Mozart Santos 13; Luxemburgo 23.
Começo de 2022, Ronaldo compra o Cruzeiro. Ganha o Brasileiro da B e volta à divisão de elite do Brasil. Usa apenas um único treinador: Paulo Pezzolano, com 68 jogos. Durou porque ganhou. Depois dele, novamente o inferno de troca de treinadores por conta dos maus resultados.
2023; Pepa 26 jogos, Zé Ricardo 10 e o interino Paulo Autuori, 6.
Agora em 2024, Larcamom começou com pré-temporada e durou apenas 14 jogos. Cruzeiro tem ainda 7 meses até o final da temporada e já vai para o 2º treinador para a sequência da Copa Sul-Americana e todo o Brasileirão.
Sendo assim, desde a queda do quase eterno Mano Menezes, em 5 anos, Cruzeiro já acumulou 15 treinadores, média de 3 por ano. E olhe que Pezzolano, um ano e 3 meses de Cruzeiro, fez esta média diminuir. É a SAF de Ronaldo imitando o “associativo” de Sérgio Rodrigues.