Por Oliveira Lima
Um time cotado apenas pela permanência na Série A para 2025 e, com muito sonho, confirmar uma vaga à Sula do próximo ano ou ainda beliscar uma vaguinha última da Liberta, o Cruzeiro deu muito certo no Brasileirão desta temporada. Disparadamente é o time que mais surpreendeu até agora, ocupando sempre a parte alta da tabela, se incluindo no G6, exatamente a vaga a prévia de Libertadores.
O time ainda era o do antigo dono, Ronaldo Fenômeno, com um pequeno investimento na janela de janeiro, de apenas 11milhões de reais contratando 9 jogadores. Vieram em janeiro Zé Ivaldo, Rafa Silva, Gabriel Verón, Leo Aragão, Lucas Romero, Dinenno, Cifuentes, Villalba e Barreal, que se juntaram a um elenco entrosado de 2023, com destaques para Mateus Pereira e João Marcelo.
No comando técnico o jovem técnico Fernando Seabra, que voltara do Bragantino B. Era um time muito econômico financeiramente, dentro dos limites de Ronaldo Fenômeno. E tudo deu certo: vaga direta às oitavas da Sul-Americana e um inesperado 4º lugar no Brasileiro. Eleito o futebol mais bonito do turno e o melhor técnico também. E qual era o time? Rafael Cabral, Willian, Zé Ivaldo, João Marcelo e Marlon/ Lucas Sila, Lucas Romero e Mateus Pereira/ Rafa Silva, Dinenno e Barreal. Este time quase desconhecido deu liga e encantou.
Em abril o Cruzeiro muda de patamar financeiro, com a chegada do novo dono: Pedro Lourenço. Se Ronaldo injetou apenas 11 milhões em janeiro, Pedrinho gastou 176 milhões em sete contratações e as compras de Mateus Pereira e João Marcelo, mais de 1.300% a mais que a injeção do Fenômeno. Na janela de julho, o Cruzeiro ficou em 2º nas contratações, atrás apenas do Botafogo, que gastou 57 milhões a mais. Vieram jogadores pesados: Cássio, Wallace, Peralta, Jonathan, Mateus Henrique, Lautaro, e Kaio Jorge.
Desses sete contratados pelo Pedrinho, o goleiro Cássio é o grande nome, dando certo desde o começo. Mateus Henrique já é presença certa e inquestionável. Lautaro já é titular, Wallace ainda deve um pouco e somente no último jogo é que Kaio Jorge deu as caras. Peralta e Jonathan ainda sem chances. O próprio técnico Seabra saiu em defesa de quem ainda não se firmou ainda. Quem veio da Europa estava de férias e precisa de tempo para entrarem em forma e readaptação ao futebol brasileiro. Claro que ao time se transformou e teve uma queda, pelo desentrosamento, mas se qualificou e muito com os reforços. A questão é tempo, que `as vezes o futebol brasileiro não tem.