O Cruzeiro segue em má fase e, contra o Lanús, teve atuação ainda pior que nos últimos jogos. Assim como contra o Bahia, voltou a não ter organização. Dominante na Conmebol Sul-Americana, o time viu o rival argentino ser mais efetivo, e o placar ficou até de bom tamanho pela atuação.
O Cruzeiro não fez por merecer a vitória em nenhum momento do jogo. O time teve uma atuação que ficou longe do tom e que não fez jus à festa e ânimo que a torcida mostrou nas arquibancadas, antes e no começo do jogo.
Sem velocidade, movimentação, aproximações e efetividade, o Cruzeiro foi perdendo confiança ao longo dos minutos iniciais, vendo o Lanús ter mais organização e ser mais efetivo. Os erros, ansiedade e tensão foram aumentando à medida que as jogadas não davam certo, que o time não envolvia os argentinos e que não marcava os gols.
Com Matheus Henrique de volta, o Cruzeiro teve dificuldades em controlar a posse de bola, ser envolvente na parte ofensiva, abusando dos lançamentos à área, pouco frutíferos. Levou um susto com um gol de Walter Bou, mas o lance foi anulado.
No segundo tempo, com Mateus Vital em campo, o Cruzeiro teve um momento de domínio e abriu o placar após chute de meia, em que Kaio Jorge pegou o rebote e balançou as redes.
Mesmo que a paralisação pelos sinalizadores possa ter afetado o ritmo do jogo naquele momento, ela não pode servir como muleta para o time se ver envolvido em campo. O Lanús foi para cima e, na bola pelo alto, em que ganhou quase todas as disputas, conseguiu o empate.
O time argentino seguia mais organizado e tentando até mais. O Cruzeiro, com as mudanças, tentou reagir na base do abafa, sem muita organização e dependendo mais das individualidades do que do coletivo, que definitivamente não funcionou.
O empate pressiona o time para apresentar uma melhora de desempenho rapidamente, e também resultados, já que será preciso vencer na Argentina para passar no tempo normal, sem precisar dos pênaltis.
Com um mês de trabalho, Fernando Diniz ganhou a primeira manifestação contrária, com vaias e protestos no Mineirão. São cinco jogos, cinco sem vitória, e com pressão agora de dar uma resposta rápida para não ver o ano se perder nas próximas semanas.