O Cruzeiro viveu outra noite trágica no Mineirão. Buscando uma resposta imediata, após duas derrotas seguidas, o time não conseguiu se aproximar do domínio e, por consequência, da vitória sobre o oitavo colocado do Campeonato Equatoriano, o Mushuc Runa. O resultado amplia a turbulência no clube.
É a terceira derrota seguida na temporada (vinha de revezes para Unión e Internacional). A pior sequência de resultados em 2025 para um clube que fez uma janela robusta, mas não conseguiu transformá-la em resultados até o momento. O time é o lanterna do grupo E da Conmebol Sul-Americana.
A resposta pedida pelo dono do clube, na última segunda, não veio e amplia os efeitos de uma turbulência. Começou com a campanha ruim do Campeonato Mineiro e agora é intensificada com o início com duas derrotas na Conmebol Sul-Americana.
Os holofotes voltam para o desempenho do time, também criticado pelo dono do clube na última entrevista, mas também para a diretoria de futebol. As falas de Pedro Lourenço foram sintomáticas de que há um descontentamento do quanto aos investimentos realizados nas últimas janelas e a montagem do elenco.
O Cruzeiro não acelerou até o momento na temporada. Em 14 jogos, conseguiu apenas quatro vitórias. Foram quatro empates e seis derrotas. Os números são sintomáticos, pois o melhor momento foi com o interino Wesley Carvalho, que conseguiu duas vitórias consecutivas.
Contra o Mushuc Runa, o time não conseguiu exercer pressão intensa sobre o adversário em nenhum momento. Mesmo com mais domínio de posse de bola, pecou na finalização das jogadas (tanto em passes finais, como em arremates). Viu o adversário “gostar da partida” e achar brechas para ir além do que, inicialmente, acreditava ser possível.
O Mushuc chegou com mais perigo e teve mais espaço. Foi mais eficiente, mesmo claramente tendo um time inferior ao Cruzeiro. Os equatorianos, apenas no quarto jogo internacional da história, finalizaram mais (12 contra 10) e foram mais envolventes. Mereceram mais o placar.
Na Sul-Americana, o Cruzeiro passa a viver um drama esportivo. Sem pontos no grupo, está a seis do Mushuc e terá de fazer uma campanha de recuperação para alcançar o primeiro lugar, que lhe dá direito à vaga direto nas oitavas de final.
Será preciso melhorar o desempenho em campo e acalmar os ânimos fora dele. Será a hora de o clube saber conduzir o momento sem deixar que a turbulência se transforme em crise.