Por Oliveira Lima
Tarde deste domingo na Venezuela marcou um dos dias mais tristes para o futebol brasileiro. A Seleção Brasileira não se classificou para as Olimpíadas de Paris 2024. Trata-se simplesmente do atual Bi-Campeão Olímpico. O Brasil Sub-23(futebol olímpico tem restrição de idade) se sucumbiu ao selecionado argentino no quadrangular final do Pré-Olímpico da Venezuela, não ficou com uma das duas vagas à Paris. Tinha de ganhar para se garantir, embora o empate lhe pudesse favorecer, mas dependendo do jogo Venezuela x Paraguai. O empate eliminava a Argentina. Então basicamente era um confronto direto. Brasil perdeu de 1×0 e os argentinos irão às Olimpíadas no meio do ano.
BRASIL PERDE A CHANCE DE FAZER HISTÓRIA
Indo aos jogos olímpicos, o Brasil teria a chance de fazer história, conquistando o ouro e se igualando à Grã-Bretanha e Hungria como maiores vencedores, 3 vezes, e ainda melhor: único tri-campeão olímpico seguidamente. Brasil é atual BI-Campeão. A queda é grande: Do topo olímpico ao vexame. Neste Pré, em momento algum o Brasil foi minimamente razoável. Jogou mal todas as partidas. No quadrangular final, então, o desastre aumentou. Derrota para o Paraguai, vitória na sorte contra a Venezuela e tomou um baile da Argentina.
Não indo às Olimpíadas, o futebol brasileiro simplesmente mostra a sua cara de desorganização e deslecho. Não ganha uma Copa do Mundo ha 24 anos a completar em 2026 na próxima edição, se igualando ao jejum de 1970 a 1994. Brasil mandava na Copa América, perdeu a última para a Argentina no Maracanã. Brasil fora das Olimpíadas este ano, o que não acontecia desde 2004, quando não foi há Atenas, num time que tinha Diego e Robinho. 20 anos atrás. Esta é a 4ª vez que o Brasil fica fora. Antes se ausentou em1980 em Moscou e 1992 em Barcelona.
E nunca foi por falta de grandes jogadores, embora num sub-23. Último país grande a ganhar o ouro, venceu finalmente no Maracanã em 2016, na geração de Neymar e Gabriel Jesus, com Weverton pegando pênalti no Maracanã na final contra a Alemanha. Bi-Olímpico em 2000, Tóquio, 2×1 na prorrogação, diante da Espanha na geração de Bruno Guimarães, Richarlison e Antony. Agora nem irá à festa olímpica, na geração fantástica de Endrick, Jhon Kennedy, Mauricio, Alexsander, Gabriel Pec e tantos outros craques.
Jogador não tem nenhuma culpa neste processo; CBF não tem comando há muito tempo. Treinadores reféns da desorganização geral e jogadores tendo que resolver individualmente. Se Tite ajudou Michali em 2016 e André Jardini foi competente em 2000, Ramon Menezes foi entregue à própria sorte agora no pré-olímpico, numa gestão da CBF com gente caçada pela Polícia e dirigentes que não são do futebol: são da área política. E que Deus salve o futebol brasileiro!