As aulas nas escolas municipais de Belo Horizonte foram reiniciadas nesta segunda-feira (7), após uma interrupção de um mês por conta da greve dos professores. O retorno às atividades foi recebido com entusiasmo e expectativa tanto por alunos quanto por seus pais.
No Centro de Educação Integral Imaculada Conceição (SEI), localizado na rua da Bahia, no bairro de Lourdes, região Centro-Sul da cidade, a energia era contagiante. Esta instituição, que anteriormente funcionava como escola privada, agora faz parte da rede pública, após ser adquirida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), e se tornou uma das maiores escolas de educação infantil do município.
Juliana da Silva Durete, mãe de uma aluna, comentou sobre a experiência do período de greve: “Foi um tumulto, mas conseguimos nos organizar. Fico satisfeita que a Prefeitura tenha ouvido as demandas dos educadores, embora o aumento ainda seja muito modesto para uma categoria que merece maior valorização.”
A paralisação dos educadores foi encerrada na última sexta-feira (4), com um acordo que propõe um reajuste de 2,49% por parte da prefeitura, a ser implementado nos próximos meses. Além disso, os professores conseguiram um aumento de 2,4%, que será aplicado a partir de fevereiro de 2026, com o objetivo de compensar as perdas inflacionárias acumuladas de gestões anteriores.
Com a volta às atividades, todas as escolas da rede municipal estão funcionando normalmente. Diferente da semana anterior, quando algumas instituições operavam parcialmente e muitos pais hesitavam em enviar seus filhos, agora o movimento é intenso, com todos os estudantes retornando às aulas.
O próximo desafio será recuperar o conteúdo que não pôde ser abordado durante os 29 dias de greve. Tanto alunos quanto professores precisarão se empenhar para reorganizar o calendário escolar e garantir que o aprendizado não seja prejudicado.