A paralisação dos profissionais da educação municipal em Belo Horizonte entra no 22º dia nesta quinta-feira (26), data marcada para uma nova reunião entre a categoria e a Prefeitura. O encontro foi agendado para que os trabalhadores avaliem a mais recente proposta apresentada pelo Executivo, que inclui o pagamento de férias-prêmio processadas no primeiro semestre ainda em 2024.
A administração municipal afirmou que poderá destinar até R$ 30 milhões especificamente para essa finalidade, além dos R$ 200 milhões já anunciados em propostas anteriores. As férias-prêmio são um benefício concedido a cada cinco anos de serviço, garantindo ao servidor três meses de licença remunerada, com a possibilidade de conversão do tempo em valor financeiro.
A nova proposta surgiu durante a 34ª rodada de negociações com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH), realizada na quarta-feira (25). Entre os itens apresentados pela Prefeitura está um reajuste salarial de 2,49%, referente à inflação acumulada entre janeiro e abril de 2024. A gestão argumenta que a inflação anual de 2024 não foi incluída, pois o reajuste concedido no ano anterior teria compensado a variação inflacionária do período, com ganho real.
Também foi colocada em discussão a recomposição, de forma gradual até 2026, das perdas inflacionárias acumuladas entre os anos de 2017 e 2022. Além disso, foi proposta a concessão de um auxílio-alimentação diário, com valores que variam entre R$ 16,67 e R$ 25, dependendo da jornada de trabalho. Professores com carga horária simples poderão receber R$ 18,75 por dia, enquanto aqueles com jornada dobrada ou dois vínculos podem chegar a um benefício diário de até R$ 60, totalizando R$ 1.320 por mês. A estimativa é que cerca de 11,2 mil servidores sejam atendidos por esse auxílio.
A Prefeitura informou ainda que irá nomear 376 professores para os anos iniciais da rede municipal e convocar candidatos aprovados em concurso vigente, conforme a necessidade identificada nas escolas. A proposta será avaliada pelos educadores, que devem decidir se encerram ou mantêm a paralisação.