A escultura produzida pela Associação Cristã Arca de Noé foi a vencedora do 2º Concurso Cultural da Superintendência de Políticas Públicas Sobre Drogas (Supod). A premiação ocorreu na tarde desta quarta-feira, no auditório Ady Rosa de Freitas, no Centro Administrativo. A obra intitulada “Projetando o Futuro” foi eleita por meio de votação popular, com 723 votos, e, com isso, a entidade recebeu da prefeitura a premiação simbólica de mil reais.
O Concurso Cultural da Supod visa estimular, pela arte, a reintegração social e o desenvolvimento de habilidades e potencialidades de dependentes químicos em processo de tratamento nas entidades cadastradas no município. A ação teve início em outubro, com seis comunidades terapêuticas participantes. O objetivo foi promover uma reflexão acerca da importância do trabalho realizado dentro das instituições.
“Para nós é uma grande satisfação ganhar esse prêmio, pois todos os acolhidos tiveram muito empenho e dedicação na confecção da obra. Essa arca simboliza um projeto de vida para o futuro dos acolhidos, na qual eles se projetam para fora da instituição rumo a um futuro com novas responsabilidades na sociedade e no meio familiar. Para eles, que há pouco tempo estavam à margem da sociedade, é uma grande felicidade ter esse trabalho reconhecido. Representa a primeira de muitas vitórias que virão”, afirma o gestor da Associação Cristã Arca de Noé, Marcione de Moura.
Além da associação vencedora, foram premiadas com um troféu as comunidades que ficaram em segundo e terceiro lugar: a Associação Beneficente Recuperando Vidas, com a escultura intitulada “Trilhando novos projetos de vida”, e Associação Movimento Renascer, com a escultura intitulada “O caminho e suas escolhas”, respectivamente. Além das premiações, as 11 comunidades terapêuticas que compareceram à cerimônia receberam uma homenagem da prefeitura.
“Nosso principal objetivo foi valorizar as comunidades terapêuticas e colocar as pessoas acolhidas por essas entidades em um lugar de visibilidade, porque muitas vezes a sociedade olha para esses indivíduos com um olhar marginalizado e sem esperança. Mas o governo municipal entende que o papel das entidades é de suma importância, com resultados satisfatórios. Em 2017 começamos a construir uma nova identidade para essas comunidades. Naquele ano haviam duas associações regularizadas em Betim, agora já caminhamos para 12 que têm desempenhado um trabalho sério, humanizado e respeitoso com os acolhidos. Nós, da Supod, seguimos atuando com muito empenho e dedicação na orientação desses trabalhos”, ressalta o superintendente de Políticas Públicas sobre Drogas, Roberto Rodrigues.