O governo de Minas anunciou nesta sexta-feira (7) a terceirização da gestão do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), na região Centro-Sul de BH. A unidade, que integrava a rede de urgências do SUS, passará a ser administrada por uma entidade privada sem fins lucrativos ou consórcio de saúde, com foco exclusivo em procedimentos cirúrgicos eletivos.
O edital para seleção do gestor será publicado neste sábado (8), e a transição deve ocorrer até a primeira quinzena de abril.
A mudança encerra a vinculação do hospital com o Pronto-Socorro João XXIII, que acumulou cerca de 230 cirurgias mensais após o fechamento do bloco cirúrgico do Amélia Lins em dezembro de 2024. Desde então, trabalhadores e pacientes relataram atrasos e sobrecarga no João XXIII, para onde eles foram transferidos. Com a nova gestão, o Maria Amélia Lins deixará de atender urgências e fechará seus ambulatórios.
Cirurgias irão dobrar em hospital de BH após terceirização, diz Governo
O Estado manterá o financiamento via programa Opera Mais, que destinará R$ 376,8 milhões para cirurgias eletivas em 2025. Servidores públicos serão realocados para o João XXIII, assim como pacientes em acompanhamento contínuo. A entidade privada assumirá o imóvel e equipamentos sem custo, podendo reformar o espaço, e será responsável por contratar profissionais de saúde – que não terão vínculo estatutário.
A expectativa é que o número de cirurgias mensais dobre, chegando a 480. Até a transição, o hospital seguirá vinculado ao João XXIII.
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