Bruno de Paula Carvalho Fernandes, 29 anos, técnico de enfermagem que morava em Governador Valadares, no Leste de Minas, morreu em combate na linha de frente da guerra na Ucrânia nesta segunda-feira (1º).
Ele atuava como voluntário no exército ucraniano no conflito contra a Rússia desde maio e foi vítima de uma emboscada durante uma missão com outros três combatentes. No local haviam dois ucranianos e um brasileiro, este último sobrevivente, mas hospitalizado em estado grave.
A confirmação foi dada pela família após comunicação de uma tradutora da equipe ucraniana. Bruno deixou a esposa e dois filhos. Antes de se alistar como voluntário em fevereiro, trabalhou no combate à COVID-19 no Hospital São Vicente de Paulo e no Hospital Regional de Governador Valadares, onde atuou em transferências de pacientes e serviço de ambulância.
O corpo será repatriado com apoio de organizações de voluntários internacionais. Brasileiros não são oficialmente autorizados a integrar as forças ucranianas, mas estimativas indicam que dezenas atuam no conflito como voluntários.
O Itamaraty não se pronunciou sobre o caso.
Segundo homem do Leste de Minas morto na Ucrânia neste ano
Gabriel Pereira, de 21 anos, também natural de Governador Valadares, no Leste de Minas, morreu em combate na fronteira entre Ucrânia e Rússia no início de julho. O jovem foi recrutado no início deste ano através de redes sociais para lutar pelo exército ucraniano.
A família só tomou conhecimento da morte semanas depois, por meio de contatos e listas de baixas divulgadas por perfis russos. Até o momento, não sabem a data exata do ocorrido e enfrentam dificuldades para localizar o corpo e repatriá-lo, alegando falta de apoio dos governos brasileiro e ucraniano.
Em nota, o Itamaraty informou que as embaixadas em Kiev e Moscou estão à disposição para prestar assistência consular. Os familiares, porém, afirmam não ter recebido ajuda efetiva.
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