Em Carmo do Cajuru, uma possível ossada humana e restos de caixões foram encontrados no aterro sanitário. O ex-chefe de Divisão e Zeladoria de Velórios e Cemitérios da Prefeitura, Laurindo Aparecido de Souza Verissimo, após receber a denúncia da possível ossada no aterro, compareceu no local e confirmou o teor da acusação.
Conforme Laurindo Aparecido, ele foi o responsável pelo cemitério público de Carmo do Cajuru há quase 10 anos, e quando ele recebeu a denúncia ele ficou indignado. Em um vídeo, ele explicou que é um descaso com familiares e seus entes queridos. “Aqui tem restos de caixões, restos de corpo humano. Isso é um desrespeito, isso é crime. Peço um posicionamento para a prefeitura sobre o caso. Estamos falando de crime ambiental e desrespeito com as famílias”, relatou.
Posicionamento da Prefeitura de Carmo do Cajuru:
Em contato com a Prefeitura de Carmo do Cajuru, a Prefeitura explicou em nota que “na manhã do domingo, 24 de março, a Administração Municipal, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente, compareceu ao Aterro Sanitário de Carmo do Cajuru, após tomar conhecimento da denúncia publicada nas redes sociais do servidor Laurindo Aparecido de Souza Verissimo, que até o dia 03 de março ocupou o cargo de Chefe de Divisão e Zeladoria de Velórios e Cemitérios, do qual foi exonerado a pedido.
Diante dos fatos apresentados, foi elaborado um boletim de ocorrência e todo o material encontrado no local foi recolhido. Esse material será encaminhado para perícia a fim de verificar se realmente são ossos humanos, conforme relatado na denúncia. Assim que obtivermos os resultados da perícia, tomaremos todas as providências legais necessárias. A administração pública municipal tem tomado todo o cuidado na manutenção, organização e regularização dos Cemitérios Municipais.
Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão pública, e agradecemos à comunidade pelo apoio e compreensão enquanto investigamos este fato”.
Polícia Civil:
O MPA entrou em contato com a Polícia Civil, que em nota explicou que “a ossada foi enviada para Belo Horizonte, ao Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette (setor de Antropologia Forense), onde passará por análise. Caso seja confirmado que se trata de ossada humana, será instaurado um inquérito policial para a completa elucidação do caso”.