Maria Fernandes de Sousa, de 88 anos, faleceu no último domingo (24) na Santa Casa de Pitangui. Ela estava aguardando uma transferência para tratamento de necrose no pé desde o dia 4 deste mês.
Desde então, a filha Leonides, moradora de Divinópolis, procurou por ajuda para que a mãe fosse amparada. Como não encontrou vaga no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Santa Casa, foi pedida uma transferência. A paciente foi cadastrada no programa SUS Fácil. Posteriormente, familiares entraram na Justiça determinando a transferência urgente.
A liminar foi deferida no dia 13 de dezembro. Já na quarta-feira (20), uma nova determinação foi expedida em um prazo de 24 horas. Caso contrário, haveria o bloqueio de bens. No momento em que a reportagem anterior foi publicada, na última sexta-feira (22), a determinação não foi cumprida.
Já no domingo (24), o bloqueio de bens foi deferido. Porém, a paciente foi a óbito na manhã deste mesmo dia. A filha, relata a negligência do poder público e agradece as pessoas que se solidarizaram com a situação.
“Infelizmente, foi só mais uma para o estado. Mas para nós, foi nossa mãe que foi negligenciada. Não foi culpa do hospital [Santa Casa], fez tudo que pôde, correu atrás entrou em contato com pessoas, inclusive dentro da política. Mas hoje a vida das pessoas virou uma jogada política e ela foi a óbito por falta de assistência por parte do SUS. Foi passada toda a situação e mesmo assim não fomos atendidos”, disse Leonides.
Relembre o caso: