A médica neurologista Claudia Soares Alves, de 42 anos, suspeita de sequestrar uma recém-nascida no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), passará por audiência de custódia nesta quinta-feira (25 de julho). O crime ocorreu na noite de terça-feira (23), quando a mulher se apresentou como funcionária do hospital e levou a bebê, que foi encontrada pela polícia em Itumbiara, Goiás, a cerca de 134 km do local do crime. A médica foi presa e está aguardando a decisão judicial em um presídio de Itumbiara.
O sequestro começou às 23h23, quando a mulher, se passando por “Amanda”, alegou ser uma funcionária do hospital e levou a criança, afirmando que a levaria para se alimentar. A ação durou cerca de 30 minutos e a suspeita usou uma mochila para esconder a bebê antes de deixar o hospital.
A desconfiança surgiu quando uma funcionária notou a presença suspeita da mulher e verificou que não havia nenhuma “Amanda” na equipe. A polícia foi acionada após o desaparecimento da recém-nascida ser percebido.
O pai da bebê, que estava descansando com a esposa, desconfiou da situação quando a mulher saiu com um cobertor e uma mochila amarela, alegando que uma enfermeira daria leite à criança. Após a mulher deixar o hospital, o pai procurou a equipe de segurança e relatou o desaparecimento.
A Polícia Militar iniciou uma busca que se estendeu pela madrugada, rastreando o veículo da suspeita pela BR-365 até Itumbiara. Na manhã de quarta-feira (24 de julho), a polícia encontrou a criança com uma funcionária na casa da médica. Cláudia foi encontrada posteriormente e presa, e no carro dela foram encontrados itens da criança.
Claudia Soares Alves é uma médica neurologista com mais de 9 mil seguidores nas redes sociais, onde se descreve como apaixonada pela medicina. Ela tem residência na Clínica Médica da Universidade Federal de Uberlândia e é especialista em Medicina Interna e Neurologia, além de professora da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Goiás (UEG) desde 2019. A médica foi autuada por sequestro qualificado, com pena prevista de até 5 anos de reclusão.