Mais de 398 mil clientes da Cemig enfrentaram interrupções de energia provocadas por pipas em 1.338 ocorrências em Minas Gerais. Apenas em junho, 150 mil foram afetados, número 60% maior em comparação ao total registrado entre janeiro e maio, quando 248 mil unidades consumidoras haviam sido afetadas.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em todo o primeiro semestre, a Cemig registrou pouco mais de 250 mil clientes prejudicados em 694 ocorrências. Com a chegada do recesso escolar, período em que a prática de soltar pipas costuma aumentar, a companhia reforça orientações de segurança para reduzir esse tipo de ocorrência e proteger a população.
O técnico de Segurança do Trabalho da Cemig, César de Jesus Souza, destaca que soltar pipa não é o problema. “Soltar pipa é uma atividade lúdica e que as crianças e jovens gostam muito. Mas é importante que se tenha consciência de que a brincadeira deve ser realizada em áreas abertas e sem rede elétrica, pois pode causar acidentes graves ou provocar interrupções no fornecimento de energia e prejudicar muitos clientes”, afirma.
Importante destacar que, ao longo do ano, a Cemig realiza campanhas de segurança e conscientização sobre os riscos de se soltar pipas próximas das redes elétricas em escolas, entidades e veículos de comunicação.
Lei proíbe uso de linhas cortantes em Minas
A Lei Estadual 23.515/2019 proíbe, em todo o território mineiro, a fabricação, comercialização e uso de cerol ou linha chilena em pipas, papagaios e artefatos semelhantes. Em vigor desde dezembro de 2019, a norma busca coibir o uso de materiais cortantes que colocam em risco a segurança de pessoas e a integridade da rede elétrica.
Cesar de Jesus Souza também chama a atenção para um perigo adicional: o risco de choque elétrico. “Ao ser revestida com cerol ou feita com arames e fios metálicos, a linha da pipa se torna um condutor de eletricidade. Se atingir a rede elétrica, pode provocar acidentes graves”, explica.
Além disso, o técnico de segurança da Cemig também alerta que nunca se deve tentar resgatar pipas presas na rede elétrica, pois o risco de acidentes é muito grande. “As redes de distribuição, de transmissão e as subestações da Cemig são construídas dentro dos padrões das normas técnicas brasileiras, com características e distanciamento que garantem segurança. Dessa forma, a aproximação indevida e o uso de cerol e linha chilena têm sido os principais causadores de acidentes com a rede elétrica da companhia”, ressalta.
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